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Política Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 08:41 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 08h:41 - A | A

cenário dramático

Lúdio critica negacionismo do Governo de MT e cita “colapso climático”

"Não adianta ficar apontando dedo para os outros. Importante é a gente cumprir o nosso dever", diz Lúdio sobre colapso climático

Adriana Assunção/VGN

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou nesta quarta-feira (11.09) que o “colapso climático” é concreto no Estado de Mato Grosso e criticou o Governo do Estado e a própria Assembleia Legislava (AL/MT) por contribuir com o cenário.

Lúdio aconselhou ao secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que não fique apontado dedo para os outros países e adote medidas para preservar os três biomas mato-grossenses, Amazônia, Cerrado e Pantanal.

“Estamos diante de um colapso climático concreto, presente, e cabe a cada Estado preparar-se para fazer o enfrentamento adequado. Não adianta ficar apontando dedo para os outros. Importante é a gente cumprir o nosso dever aqui em Mato Grosso”, declarou Lúdio.

Cabral destacou, ainda, que a própria Assembleia Legislativa foi negacionista por aprovar leis que flexibilizam a proteção ambiental, favorecendo o cenário atual de incêndios florestais e seca severa.

“Ela [Assembleia Legislativa] tem um posicionamento negacionista, um posicionamento ruim, porque tem aprovado legislações que favorecem esse cenário dramático, que estamos vivendo. Há muitas leis que foram aprovadas que flexibilizam a proteção ao meio ambiente.”

Entre as iniciativas polêmicas constam a Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, que proíbe por 10 anos a abertura de novas unidades de conservação e a liberação da criação de gado em áreas protegidas do Pantanal, em 2022. Nesta lista, consta ainda, a lei que permite a realocação da reserva legal para mineração quando não houver alternativa locacional, a lei que dificulta a destruição de equipamentos utilizados em crime ambiental, a anulação do decreto que criou o Parque Cristalino II e a limitação da atuação de organizações não-governamentais (ONGs) em conselhos e outras organizações ambientais no Estado.

Por outro lado, Fabio Garcia afirma que os demais países que criticam o Brasil, especialmente o Estado de Mato Grosso, precisam fazer o dever de casa em relação a preservação e colocar a mão no bolso para remunerar os países que prestam serviço ambiental gratuito para o mundo. Segundo Fábio Garcia, os países desenvolvidos precisam parar de financiar as organizações não-governamentais (ONGs) ambientais para remunerar quem presta serviço ambiental no mundo.

Leia mais: Secretário afirma que ação no STF sobre incêndios no Pantanal não tem "nada haver" com MT

 
 
 
 

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