O laudo emitido pelo Setor Técnico Científico da Polícia Federal aponta que o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) pode ter mentindo durante seu depoimento ocorrido no dia 15 de setembro, dia em que o parlamentar se entregou acusado de obstrução de justiça no âmbito da Operação Malebolge.
No dia 15 de setembro, em depoimento à PF o deputado Gilmar Fabris disse que no dia da Operação Malebolge (14 de setembro) saiu de sua residência para visitar a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos e o seu esposo Jaime Campos. Porém, não efetuou a visita porque um segurança do casal avisou que eles estavam dormindo.
O socialdemocrata narrou que após isso ele seguiu em direção a casa do ex-vereador Maninho de Barros (PSD), mas que no caminhou ligou diversas vezes para o ex-parlamentar e também para a esposa para informar da visita, mas ambos não atenderam o telefone. Não conseguindo efetuar as visitas em Várzea Grande, Fabris se deslocou para estabelecimento Bolo de Arroz em Cuiabá.
No entanto, o laudo da PF, realizado no celular de Gilmar Fabris no histórico de chamadas efetuadas entre os dias 01 a 15 de setembro, aponta que o deputado ligou para Jaime Campos no dia 15 de setembro e não dia 14 como narrado pelo deputado; e que o socialdemocrata apenas ligou para Maninho de Barros quando o mesmo já estava no estabelecimento Bolo de Arroz.
Ainda no dia 14, Gilmar Fabris, conforme laudo da PF, efetuou ligações na manhã daquele dia para outros cinco números, sendo dois deles identificado como “Deputado Botelho” e “Dep. Mauro Savi”.
Outros três números que o deputado ligou foi para a consultora legislativa Gilda Lúcia Figueira Balbino, o seu advogado Ricardo Spinelli, e uma pessoa identificada como Celson Duarte Bezerra, que foi quem lhe passou o contato de Ricardo Spinelli. Segundo o documento, Celson Duarte foi a pessoa que teria passado o contato do advogado Ricardo Spinelli.
O laudo pericial deve ser anexado ao processo que o deputado responde na justiça.
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