O deputado estadual Júlio Campos (União) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve em 513 o número de deputados federais para as eleições de 2026. A decisão, tomada por unanimidade pelos ministros, confirmou liminar do presidente do STF, Luiz Fux, após pedido do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP).
“Essa decisão do ministro Luiz Fux é injusta. Nós éramos contra aumentar de 513 para 518 vagas, o presidente vetou e o Congresso deveria ter mantido o veto. O que precisava era redistribuir as cadeiras dentro da lei. Esse país é uma palhaçada só”, disse o parlamentar.
Campos explicou que a Constituição determina a recomposição da Câmara dos Deputados a cada 10 anos, após o Censo, conforme a variação da população. “O Senado é fixo em três senadores por Estado, mas a Câmara varia. Sete Estados perderam habitantes e deveriam perder vagas. Mato Grosso, que cresceu, teria direito a pelo menos nove ou dez deputados federais, e na Assembleia Legislativa poderia ampliar em até três ou seis cadeiras, conforme a decisão do TSE”, declarou.
Para o deputado, a medida foi resultado de interferência política. “A Constituição foi rasgada mais uma vez por uma interferência imoral do senador Davi Alcolumbre, que não colocou em votação o veto do presidente Lula proibindo a criação de 18 novas vagas. Ele fez isso de propósito para manter o cenário. O ministro Fux caiu no conto do vigário e prorrogou para 2030 a recomposição da Câmara”, afirmou.
Segundo Campos, a decisão beneficiou Estados como Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, que não perderão deputados. “Nós, que crescemos em população e deveríamos ter aumentado a representação, ficamos de fora por uma canetada do senhor Luiz Fux”, concluiu.
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