O vereador de Várzea Grande, Jero Neto (MDB), utilizou a tribuna, na manhã desta terça-feira (06.05), para defender a fiscalização realizada por parlamentares no Centro de Abastecimento e Distribuição de Insumos e Medicamentos (Cadim), na segunda-feira (05). A visita identificou a existência de medicamentos e vacinas vencidos, além de cadeiras de rodas e equipamentos médicos abandonados.
Jero, que lidera uma campanha de doação de cadeiras de rodas no município, classificou como inadmissível a permanência desses equipamentos parados, enquanto pacientes do Pronto-Socorro Municipal (PSVG) necessitam, com urgência, desse suporte.
“Recebi uma mensagem de uma pessoa dizendo que uma criança precisa de uma cadeira de rodas, mas a família não tem condições financeiras. Não é barato. Uma cadeira de rodas custa entre R$ 1.500 e R$ 4 mil”, relatou.
O parlamentar criticou o abandono dos equipamentos e o descaso com a população. “São cadeiras de rodas paradas. Ah, foi da gestão passada? Não importa. Tem que distribuir. São pessoas acamadas, com deficiência física, que precisam. Estão lá, jogadas. Isso é inadmissível”, declarou.
Jero Neto também cobrou mais ação da atual gestão e pediu o fim das justificativas baseadas na administração anterior. “Tem que andar daqui para frente. Ninguém sabe o que está acontecendo. Onde está o superintendente? Ele deveria estar no Cadim, explicando aos vereadores o que está acontecendo”, disse.
O vereador demonstrou preocupação com os medicamentos prestes a vencer. “Remédios irão vencer. Minha Nossa Senhora, é difícil acreditar. A saúde está padecendo. E falo de forma geral — não é só Várzea Grande, é o Brasil inteiro. Temos que trabalhar com responsabilidade.”
O emedebista recomendou que a prefeita Flávia Moretti (PL) nomeie pessoas comprometidas com a área da saúde para cargos de liderança. “Coloque quem queira ajudar, quem goste de gente. Não apenas quem está lá pelo salário. Precisamos de pessoas com empatia para cuidar da nossa população”, afirmou.
Por fim, o vereador defendeu o direito dos parlamentares de fiscalizar o Executivo. “Uma coisa que não é justa: o vereador fiscalizar e ser criticado por isso. Ora, todos sabemos o que fazemos aqui. Fiscalizar é um direito do vereador”, concluiu.
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