Em vistoria realizada nesta segunda-feira (05.05), no Centro de Abastecimento e Distribuição de Insumos e Medicamentos (CADIM) de Várzea Grande, os vereadores Gisa Barros, Kleber Feitoza e Sargento Galibert (todos do PSB) identificaram diversas irregularidades graves, entre elas o armazenamento inadequado e a existência de vacinas e medicamentos vencidos.
Foram constatadas situações como vacinas antirrábicas misturadas a doses contra a COVID-19, ausência de controle de segregação, falhas na refrigeração, e equipamentos hospitalares mantidos em condições impróprias.
Segundo os parlamentares, os problemas foram motivados, em grande parte, pela má gestão no armazenamento, ausência de manutenção nas câmaras frias e demora na resolução de falhas estruturais. Vacinas com validade até 2028 foram inutilizadas em razão da perda de temperatura ideal. Entre os imunizantes comprometidos estão vacinas contra meningite, sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, varicela, entre outras.
Além disso, foram localizados cerca de 2 mil imunizantes vencidos, medicamentos como Albumina Bovina armazenados junto a insumos ainda utilizáveis, 32 caixas de água para injetáveis fora do prazo de validade, e equipamentos médicos como incubadoras neonatais, cadeiras de rodas e aparelhos de ultrassom em locais inadequados.
Durante a visita, os vereadores relataram terem sido recebidos com hostilidade por parte de alguns servidores da unidade, que questionaram a presença dos fiscais parlamentares. A superintendente do CADIM e uma servidora da Vigilância Sanitária confrontaram a equipe, e houve alegações de comportamento indevido por parte de um dos parlamentares, negadas pelos demais presentes.
Gisa Barros ressaltou que a secretária municipal de Saúde não acompanhou a vistoria, enviando apenas um assessor, mesmo após tentativas de contato direto.
Diante da gravidade da situação e da constatação de que parte dos insumos é proveniente de recursos federais, os vereadores registraram boletim de ocorrência e vão encaminhar o caso ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal.
Outro lado
A reportagem do 
entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Saúde, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.
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