O senador por Mato Grosso, Jayme Campos (União), afirmou durante entrevista ao programa No Ar, conduzido pelo jornalista Geraldo Araújo, nesta sexta-feira (11.11), que a retirada dos recursos do Bolsa Família do teto de gastos é necessária, assim como a “Regra de Ouro” {que proíbe o Governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes}, quebrada para atender as demandas que havia na pandemia da Covid-19.
Para o senador, algo tem que ser feito, seja a ‘PEC da Transição’, medida provisória, ou abertura de crédito especial, pois segundo ele, os R$ 600 reais vencem em dezembro, e não tem mais recurso. Campos ainda questionou, como ficam os próximos anos.
“Nesse caso aqui temos que achar os recursos, as fontes de recursos para cumprir certamente o que está pactuado com a sociedade brasileira, particularmente para aqueles que dependem dessa Bolsa Família”.
O senador lembrou, que, além dos R$ 600 reais, compromisso de campanha do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT), ele [Lula] ainda prometeu dar R$ 150 para cada filho de beneficiário do programa menor de 6 anos. Assim como também reforçar os recursos da merenda escolar, que hoje é quase insignificante, o que transfere a federação para os Estados e municípios.
Ainda segundo Jayme, outra coisa que precisa ser feita no país é reajustar o salário mínimo, que para o senador é uma miséria.
Questionado se seu posicionamento em relação a votar a favor da PEC ou medida provisória, seria em relação ao pacto feito no palanque eleitoral com a sociedade, tanto da parte do presidente eleito, como do atual presidente Bolsonaro (PL), Jayme afirmou que os parlamentares não vão deixar essas pessoas – que segundo ele, hoje são quase 33 milhões de brasileiros passando fome, por causa de R$ 600 reais.
“Nós temos que cortar no fundo, porque essa história de quebrar o teto, eu acho que isso aí, diante da necessidade, é insignificante por aquilo que ele poderá atender a demando socialmente do nosso país”.
Conforme o senador, um grupo de parlamentares defende a tese da PEC, outros de abrir um crédito suplementar ou medida provisória, mas para Jayme, o próprio presidente Lula assumindo dia 1º de janeiro de 2023, poderá editar uma medida provisória que vai passar a prevalecer e depois será votada.
Seguindo essa linha, Jayme acredita que isso tem que ser acordado com os presidentes das Casas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), e naturalmente com os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU).
“Isso é pacífico. Eu não vejo porque amanhã ou depois criar um imbróglio, como chegou lá traz a pedalada fiscal da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que gerou até o impeachment dela lá”.
Ao finalizar, Jayme enfatizou que agora é o momento de ter bom senso e fazer o que é melhor para o Brasil, não podendo em hipótese alguma descartar essas pessoas que hoje recebem esse R$ 600 reais.
“Eu voto tranquilo, não vejo nenhuma dificuldade, eu tenho que fazer com responsabilidade e pensando no bem-estar dos brasileiros, os menos afortunados”, concluiu Jayme Campos.
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