Um dia após milhares de brasileiros irem às ruas contra a anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e a PEC da Blindagem, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiu que o Congresso enfrentou “a semana mais difícil” e prometeu enterrar o que classificou como “pautas tóxicas”.
Em evento voltado ao mercado financeiro em São Paulo nesta segunda-feira (22.09), Motta disse que o Parlamento tem tentado produzir apesar do cenário conturbado, mas que agora é necessário “tirar da frente todas essas pautas tóxicas, porque ninguém aguenta mais essa discussão”.
O deputado enfatizou que o foco do Legislativo deve ser em temas prioritários para o país, como reforma administrativa, questões tributárias — incluindo imposto de renda — e segurança pública. Segundo ele, o Congresso deve buscar “uma agenda de entregas à sociedade” e evitar debates que geram divisões improdutivas. “Precisamos olhar para frente e inaugurar uma agenda que saia dessa dicotomia, que em nada serve ao país, e dar um passo naquilo que realmente importa para a população”, afirmou.
Motta ainda reforçou que, apesar dos desafios, o Parlamento conseguiu avançar em algumas pautas, mas destacou que é hora de priorizar ações concretas para a sociedade. “O Brasil tem que olhar para frente, discutir aquilo que realmente importa e começar a produzir resultados efetivos”, concluiu.
As manifestações, que ocorreram em todas as capitais, foram motivadas pela aprovação na Câmara da PEC que blinda parlamentares de processos e da urgência do projeto de lei que prevê anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a mais de 27 anos de prisão.
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