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Política Sexta-feira, 02 de Maio de 2025, 09:09 - A | A

Sexta-feira, 02 de Maio de 2025, 09h:09 - A | A

PRIMEIRO HOSPITAL DE CUIABÁ

Governo silencia sobre futuro da Santa Casa e descarta arcar com dívida milionária

Até o momento, não há data oficial para o encerramento das atividades no local

Arielly Barth/VGN

Com a inauguração do Hospital Central de Cuiabá se aproximando, o futuro da Santa Casa de Misericórdia estadual continua incerto. O governador Mauro Mendes (União) em entrevista à imprensa na última quarta-feira (30.04), evitou detalhar o destino da unidade hospitalar, que está sob responsabilidade do Governo do Estado desde 2019, por meio de uma requisição administrativa. Segundo ele, duas alternativas estão sendo avaliadas “silenciosamente” e qualquer decisão será anunciada apenas após o devido “aprofundamento dos estudos”.

“O Estado, como sempre, diante de todos os problemas — especialmente os mais complexos — adota uma postura de estudar silenciosamente e anunciar apenas quando tiver clareza das alternativas. Já disse publicamente que trabalhamos hoje com duas possibilidades. No momento certo, vamos anunciar quais são”, afirmou Mendes.

Uma das alternativas em debate parte do interesse do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que já manifestou diversas vezes a intenção de transferir para o prédio da Santa Casa o funcionamento do Hospital São Benedito. No entanto, essa proposta esbarra em um entrave significativo: as dívidas trabalhistas da Santa Casa, estimadas em cerca de R$ 40 milhões. Para viabilizar o plano, Abilio sugeriu que o Estado compre o prédio e depois o repasse ao município.

A situação se agravou após uma decisão recente do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, que homologou o leilão do imóvel como forma de quitar parte dos débitos. Os recursos arrecadados com a venda serão destinados ao pagamento de ex-funcionários da instituição, o que dificulta ainda mais a estratégia da Prefeitura, que já declarou não ter condições financeiras para assumir esse passivo.

Questionado sobre a proposta do município, o governador foi taxativo: descartou qualquer possibilidade de o Estado assumir a dívida.

“O Estado não tem obrigação de pagar dívida trabalhista de ninguém. Estamos aqui para cuidar bem do dinheiro público. Se houve problemas no passado, todos sabiam dessas dívidas, mas elas não são do Estado. Aquilo era uma instituição privada. Quer dizer que, se qualquer um tiver dívida com trabalhador, o Estado tem que pagar? Claro que não”, argumentou Mendes.

Sobre a gestão estadual na Santa Casa, o governador ressaltou que a requisição do imóvel foi feita de forma legal e remunerada, com pagamentos mensais de R$ 500 mil, depositados na Justiça do Trabalho. Segundo ele, o Estado também realizou reformas e investimentos no prédio para garantir a oferta de serviços de saúde.

“O prédio foi avaliado à época em cerca de R$ 300 mil por mês, mas o Estado pagava R$ 500 mil de aluguel, depositado judicialmente. Também reformamos, recuperamos e equipamos a unidade para prestar um bom serviço à população”, concluiu.

A Santa Casa de Misericórdia, instituição filantrópica histórica de Cuiabá, continua operando com recursos do Governo do Estado, além de apoio pontual das esferas municipal e federal, e da iniciativa privada. Não há, até o momento, uma data oficial para o encerramento das atividades no local.

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