O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) fez críticas ao Governo do Estado de Mato Grosso nesta quarta-feira (07.08), ao denunciar o estado de sucateamento da saúde pública e acusar a gestão de priorizar propaganda em vez de ações concretas para reestruturar o setor.
Segundo Lúdio, os hospitais regionais vivem uma situação crítica, com infraestrutura precária, equipamentos deteriorados, falta de insumos, medicamentos e profissionais.
“Estamos enfrentando um problema gravíssimo na saúde estadual. Todos os hospitais regionais estão sucateados. Estrutura física precária, equipamentos deteriorados e falta de insumos, medicamentos e profissionais”, afirmou o parlamentar.
O deputado citou o Hospital Adauto Botelho, em Cuiabá, como exemplo das dificuldades enfrentadas pelas unidades. Ele destacou a incoerência entre o colapso dos serviços e o alto volume de arrecadação estadual.
“É uma coisa absolutamente contraditória, porque, ao mesmo tempo, em que essas unidades estão com essas dificuldades, o Estado tem recorde atrás de recorde de arrecadação”, criticou.
Lúdio também contestou o discurso oficial do Governo do Estado, que, segundo ele, se apoia exclusivamente na propaganda das obras dos hospitais regionais.
“Tem trabalhado só com propaganda em torno das tais obras dos hospitais regionais. Já são quase oito anos de mandato do atual Governo e é o único discurso que tem para sustentar é ação na saúde”, disse.
Entre os exemplos, citou o Hospital Central, cuja inauguração prometida para setembro já estaria adiada para dezembro. Ele também alertou para o risco de fechamento da Santa Casa, mesmo com sobras financeiras nos cofres públicos.
O parlamentar manifestou ainda preocupação com um possível retrocesso na forma de gestão das unidades hospitalares. Atualmente, os hospitais estão sob responsabilidade direta do Estado, embora operem com contratos terceirizados sem licitação. Segundo ele, existe risco de retorno ao modelo de Organizações Sociais de Saúde (OSS), usado entre 2011 e 2018, e considerado ineficaz.
“Nossa preocupação maior é o Estado dar um passo atrás no modelo de gestão. Porque hoje essas unidades estão funcionando com gestão direta do Estado, embora com uma série de contratos terceirizados sem licitação. Mas há um risco de retomar a gestão para as tais Organizações Sociais em Saúde, que Mato Grosso já experimentou de 2011 a 2018, e que foi um fracasso”, pontuou Lúdio.
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