A Força Tarefa da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, que investiga, exclusivamente, crimes militares no âmbito do esquema de escutas ilegais de Mato Grosso – conhecido como “Grampolândia” -, pediu com urgência para que o juiz da 11ª Vara Criminal Militar, Marcos Faleiros, compartilhe provas do inquérito militar complementar, que teria sido instaurado para apurar infrações disciplinares e/ou militares cometidas pelo coronel Airton Benedito Siqueira Júnior, bem como requereu o compartilhamento das provas constantes na ação penal militar, que tramita na Vara, contra cinco militares. A Força Tarefa é comandada pelas delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira Siqueira Campos Moura.
Segundo pedido, em depoimento no inquérito policial militar complementar, o tenente-coronel José Henrique Costa Soares, então escrivão militar, afirmou que teria sido cooptado pela organização criminosa, primeiramente para proteger o coronel Siqueira, e depois, para impedir o avançar de toda a investigação, afastando o desembargador Orlando Perri, havendo, então, a deflagração da Operação Esdras.
“Ainda, de acordo com a assertiva, nos autos militares havia vários indícios de crimes cometidos pelo coronel Siqueira, tanto que o mesmo já havia recebido a determinação do coronel Catarino, presidente do Inquérito Militar, para redigir a representação de prisão preventiva do mesmo” diz trecho do pedido.
“Importante ainda mencionar, que em 2017, após deflagração da Operação Esdras os autos foram avocados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Mauro Campbell o qual substituiu a prisão dos investigados por cautelares, dentre elas, o recolhimento noturno, bem como incomunicabilidade com outros servidores públicos militares. Ocorre que naquela ocasião foi noticiado que coronel Siqueira desobedeceu à ordem judicial e reuniu juntamente com sua esposa na residência de outro militar, morador de seu condomínio” citam as delegadas ao pedirem copia complementar ao inquérito policial militar.
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