Cresce os rumores de que o ex-deputado José Riva (PSD), preso no último sábado (21.02), em operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), por ser o mentor e executor de esquema fraudulento envolvendo gráficas, enquanto presidente da Assembleia Legislativa, fará acordo com a Justiça e contará o que sabe em delação premiada.
Apesar de ainda não ser oficial, a possível deleção de Riva já está tirando o sono de muito político mato-grossense, que não teve o nome envolvido na operação, mas com envolvimento no esquema.
Riva teve a prisão decretada pela juíza Selma Rosane Santos Arruda (da Vara Contra o Crime Organizado, Contra a Ordem Tributária e Econômica), e está detido em cela especial no Presídio do Carumbé, em Cuiabá.
A operação - Denominada Imperador, a operação apura desvio de dinheiro público por meio licitações e pagamentos fraudulentos. Além de Riva foram denunciados a sua esposa, Janete Riva, servidores públicos e empresários. São eles: Djalma Ermenegildo, Edson José Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Junior, Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden, Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Leite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borges e Jeanny Laura Leite Nassarden.
O ex-deputado é acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”, segundo o Ministério Público do Estado.
Durante as investigações, foi constatado que os materiais adquiridos não foram entregues, embora servidores tenham atestado as notas de recebimento e a Assembleia Legislativa tenha efetuado os pagamentos.
Informações obtidas por meio de quebras de sigilo bancário e interceptações, todas autorizadas pelo Poder Judiciário, entre outras diligências, comprovam que aproximadamente 80% do dinheiro desviado foi sacado na boca do caixa e repassado ao ex-deputado, que na época dos fatos era o primeiro secretário do Parlamento Estadual. Na ocasião, o cargo de secretária de Patrimônio era ocupado por Janete Riva.
As cinco empresas envolvidas no esquema são: Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, Hexa Comércio e Serviços de Informática Ltda, Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Real Comércio e Serviços Ltda-ME e Servag Representações e Serviços Ltda. Clique aqui e confira matéria relacionada.
Conforme a denúncia, José Geraldo Riva responderá pelos crimes de formação de quadrilha e 26 peculatos, em concurso material.
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