O ex-secretário de Estado de Mato Grosso, Eder Moraes, negou que tenha recebido R$ 12 milhões em propina da empresa Odebrecht para serem investidos na campanha de reeleição do ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), em 2016.
O ex-executivo da Odebrecht João Antônio Pacífico de Ferreira, em delação premiada, afirmou que em 2006 Eder Moraes solicitou propina no valor de R$ 12 milhões para o pagamento de cartas de crédito à construtora.
Segundo o delator, a pedido de Eder, os valores seriam repassados sob o pretexto de contribuição para a campanha eleitoral de reeleição de Maggi. Os pagamentos foram registrados no Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
Em entrevista à Rádio Capital FM, Moraes negou qualquer participação na cobrança de propina e disse que toda a questão envolvendo as cartas de crédito da Odebrecht tramitaram na Procuradoria Geral do Estado, e pelas Secretarias de Infraestrutra, Planejamento e Fazenda, sendo que na época, Eder era presidente do MT Fomento.
O ex-secretário disse que acredita na “inocência” do ex-governador Blairo Maggi no caso, e que o ministro “banca a sua própria campanha”, sme precisar receber dinheiro de propina de empresas.
“Em todas as datas citadas pelos delatores eu estava em Cuiabá. Eu tenho todas as documentações e dossiês de que eu estava em Cuiabá. Documento assinados naquelas datas, entrevistas dado naquelas datas. Absolutamente não participei de qualquer dessa natureza. Não tenho nada a ver com Odebrech. Vou dizer mais. Eu duvido que o ex-governador Blairo Maggi tenha tido qualquer participação em suposto pagamento de propina de alguma coisa assim. Primeiro que não precisa. Segundo porque não tinha necessidade. Terceiro que a campanha dele, ele banca sozinho. São coisas descabidas, são coisas que não fazem sentido”, declarou.
Sobre a sua atuação na campanha de Maggi, Eder relatou que atuava junto aos movimentos sociais e que nunca recebeu autorização de Maggi para tratar sobre recurso financeiro.
“Em nenhuma campanha o ex-governador Blairo Maggi deu autorização para falar sobre recurso financeiro. Minha participação nas campanhas foi com movimento sociais”, finalizou.
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