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Política Segunda-feira, 15 de Maio de 2017, 09:55 - A | A

Segunda-feira, 15 de Maio de 2017, 09h:55 - A | A

Polêmica

Em nota, Mauro Zaque afirma que deixou governo por conta dos grampos ilegais

Edina Araújo/VG Notícias

VG Notícias

Mauro Zaque

Promotor de Justiça Mauro Zaque emite nota à imprensa sobre grampos ilegais em MT

O promotor de Justiça Mauro Zaque, autor da denúncia feita à Procuradoria Geral da República (PGR), sobre grampos ilegais em Mato Grosso, emitiu nota nesta segunda-feira (15.05), afirmando que este teria sido o motivo de ter deixado o cargo de secretário de Segurança Pública em janeiro de 2016.

Segundo afirmou em nota, o promotor, com documentação probatória, levou os fatos ao conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB), no início de outubro de 2015, ao mesmo tempo em que solicitou exoneração imediata dos possíveis envolvidos. E ao perceber que Taques não iria exonerar os envolvidos decidiu retornar ao Ministério Público.

Mauro Zaque diz ainda, que cumpriu com o dever de secretário, de promotor e de cidadão. “Não investiguei ou sequer acusei ninguém. Submeti à apreciação de sua Excelência o Procurador-Geral da República para as providências que entender pertinentes”, afirmou em nota.

O promotor finalizou a nota afirmando que "tais atos constituem um atentado contra toda a sociedade, devem ser investigados em sua plenitude e responsabilizados os autores com todo rigor. Este é um momento sombrio que manchará para sempre a história de Mato Grosso”.

Zaque não polemizou com o governador que o acusou de ter fraudado documentos e o chamou de “chantagista”. O promotor limitou-se por meio de nota ao esclarecimento de como recebeu a denúncia e a razão de ter deixado o cargo de secretário de Segurança.

Confira na íntegra a nota do promotor:

Sobre os últimos acontecimentos, preciso considerar os seguintes pontos:

1. enquanto Secretário de Segurança tomei conhecimento da possível existência de grampos clandestinos sendo operados por agentes públicos ligados ao executivo;

2. promovi uma checagem inicial e constatei que realmente autoridades, advogados, autônomos, políticos poderiam estar sendo vítimas desse esquema criminoso;

3. com documentação probatória, levei os fatos ao conhecimento do Governador Pedro Taques no início de outubro de 2015, ao mesmo tempo em que solicitei a exoneração imediata dos possíveis envolvidos;

(Solicitar a exoneração daqueles possíveis envolvidos em uma situação criminosa gravíssima como essa, longe de se configurar extorsão, constitui DEVER de todo agente público.)

4. ao perceber que o Governador Pedro Taques não iria exonerar tais pessoas, decidi então deixar o Governo e retornar ao MP;

5. cumpri com o meu dever de Secretário, de Promotor e de cidadão. Não investiguei ou sequer acusei ninguém. Submeti à apreciação de sua Excelência o Procurador-Geral da República para as providências que entender pertinentes.

6. eu jamais me permitiria pactuar com ações tão rasteiras, covardes e, por que não dizer, criminosas (grampear advogados, políticos, etc...).

Finalmente, tais atos constituem um atentado contra toda a sociedade, devem ser investigados em sua plenitude e responsabilizados os autores com todo rigor.

Este é um momento sombrio que manchará para sempre a história de Mato Grosso.

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