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Política Terça-feira, 13 de Agosto de 2019, 16:00 - A | A

Terça-feira, 13 de Agosto de 2019, 16h:00 - A | A

Testemunho

Em igreja evangélica, ex-assessora de senadora revela injustiças cometidas

Rojane Marta/VG Notícias

VG Notícias

Fórum de Cuiabá

Fórum de Cuiabá

A ex-juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, senadora Selma Arruda (PSL), é acusada de cometer várias “injustiças” no período de magistratura. O registro foi feito pela ex-assessora de Selma, Midiã Maira de Carvalho Gonçalves de Sá, em uma igreja evangélica e está sendo usado pelas defesas dos ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo para anular condenações proferidas pela ex-magistrada.

Inclusive, Bosaipo conseguiu nesta terça (13.08) decisão favorável do Pleno do Tribunal de Justiça: Leia mais: TJ/MT aponta “vício” em decisão de Selma e anula condenação de Bosaipo

Conforme documento o qual o oticias teve acesso com exclusividade, a ex-assessora revelou que Selma escolhia quem iria julgar, e que havia orientação para prejudicar réus que respondiam a processos com “maior repercussão na mídia”. Ainda, contou que a ex-juíza não esperava nem os assessores terminarem de relatar o caso, quando se tratava de Riva e Bosaipo, ou qualquer outro político de destaque, e já indeferia o pedido, sem ao menos analisar juridicamente.

O “testemunho” da ex-assessora foi dado na Igreja Evangélica Assembleia de Deus Nova Aliança, em meados de 2015, enquanto ministrava uma aula do curso: “Casados para Sempre”.

Segundo ela, na oportunidade compartilhou com os participantes alguns conflitos éticos ocorridos em seu local de trabalho. “A época, trabalhava como assessora jurídica, lotada na 7ª Vara criminal da Comarca de Cuiabá e na ocasião, falávamos no curso acerca da justiça de Deus e dos homens, onde comentei que no meu local de trabalho, onde deveria ser um local de justiça, isso não vinha ocorrendo, uma vez que alguns casos estavam sendo julgados com certa parcialidade, com clara disposição na condenação, principalmente daqueles que apresentavam maior repercussão da mídia, oportunidade em que exemplifiquei os casos do Riva e do Bosaipo, onde percebia que, quando o pedido era feito pelo Ministério Publico, se tinha total atenção na análise dos mesmos, e eram todos deferidos, já, no caso dos réus (Riva, Bosaipo e outros que gerassem repercussão), os pedidos não tinham a mesma atenção na apreciação, uma vez que quando o assessor iniciava a explicação dos pedidos da defesa, sem analisar os autos, prontamente mandava indeferir os requerimentos” relatou.

Conforme o documento obtido pela reportagem do oticias, a ex-assessora foi procurada em julho de 2017 por Humberto Bosaipo que teria tido que um dos participantes do grupo de casais havia o procurado, informando o ocorrido. Ela contou que Bosaipo a questionou se isso realmente havia acontecido, quando confirmou tudo o que havia dito naquela data.

“O Sr. Humberto Boisapo então me pediu uma declaração dos fatos, o que faço com o intuito de colaborar com a justiça” destacou a ex-assessora.

Outro lado – Em uma das decisões, em Selma afastou sua suspeição para julgar os casos relacionados ao Bosaipo, ela colocou em dúvida a capacidade técnica-profissional da ex-assessora e destacou que ela (ex-assessora): “jamais foi encarregada de proferir decisões em processos envolvendo os Srs. José Geraldo Riva e Humberto Bosaipo. Sua atribuição no gabinete era apenas de proferir sentenças em processos que eram indicados por esta magistrada, eis que não demonstrava capacidade produtiva suficiente para trabalhar com o impulsionamento.”

Ainda, alegou em sua decisão que a referida servidora teria sido desligada depois de um ano e sete dias de serviço, segundo Selma, pelo seguinte motivo: “por baixa produtividade e por atitudes pouco republicanas que adotava no ambiente de trabalho”.

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