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Política Domingo, 26 de Outubro de 2014, 14:00 - A | A

Domingo, 26 de Outubro de 2014, 14h:00 - A | A

ESQUEMA DE CAMPANHA

Duas gráficas de VG ligadas ao Walace são investigadas por receberem dinheiro do Governo para financiar campanhas em 2012

Até o momento, 14 proprietários de gráficas investigadas já foram chamados pelo MPE para prestar esclarecimento acerca da denúncia.

por Rojane Marta/VG Notícias

Duas gráficas de Várzea Grande, cujos proprietários têm ligação direta com o prefeito Walace Guimarães (PMDB), constam na lista de empresas investigadas pelo Ministério Público do Estado (MPE), por supostamente receberem dinheiro do governo de Mato Grosso para financiar, “por fora”, campanhas eleitorais em 2012.

De acordo consta no inquérito do MPE, as gráficas E.G.P. da Silva ME, de propriedade do ex-diretor do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande, Evandro Gustavo Pontes da Silvae Editora de Liz – de propriedade de Antônio Roni de Liz, que fornece material ao município, estão no rol das investigadas.

Ainda, segundo os autos, a suspeita é de que as gráficas, com sedes em Cuiabá e Várzea Grande,são usadas para lavagem de dinheiro, principalmente durante campanhas eleitorais.

Em nota enviada ao VG Notícias o partido Democratas, insinuou uma possível ligação de essas gráficas terem beneficiado Walace nas eleições de 2012. Conforme a nota, a sigla tentará o compartilhamento judicial do inquérito na Ação de Investigação Judicial Eleitoral por suposto uso de caixa dois que tramita na Justiça Eleitoral contra Walace. Clique aqui e confira matéria relacionada.

Valores – Somente em 2012 a Editora De Liz recebeu do governo do Estado R$ 2.288.253,56, referente ao pregão 93/2011 – alvo de investigação. Já a gráfica de Evandro recebeu R$ 4.279.842,25 do governo do Estado referente à licitação suspeita. Clique aqui confira matéria relacionada.

Pregão suspeito - O pregão sob suspeita foi realizado em 2011 no valor total de R$ 38,007,761.70.

Conforme a denúncia do MPE, o esquema é formado por um grupo de gráfica que combinam os vencedores dos lotes. Em alguns casos, segundo a denúncia, chegam a oferecer dinheiro para demais gráficas participantes do certame, que não fazem parte do grupo, para desistirem do pregão.

Após vencerem o pregão, as gráficas simulavam a confecção dos materiais, ou seja, produziam menos do que era contratadas, e os demais valores ficavam de crédito para a gráfica participante do esquema para supostamente imprimir materiais de campanha.

Até o momento, 14 proprietários de gráficas investigadas já foram chamados pelo MPE para prestar esclarecimento acerca da denúncia.

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