presidente do PV em Várzea Grande, Nildo Dionízio Elias
O presidente do PV em Várzea Grande, Nildo Dionízio Elias, disse ao 
oticias que os vereadores Carlino Neto e Rogério França – popular Rogerinho Dakar -, ambos do PV, não tiveram qualquer consideração com a sigla ao apoiar candidatos de outros partidos nas eleições e por isso foram expulsos da agremiação partidária, correndo inclusive o risco de perderem o mandato.
Consta do processo, que Carlino Neto teria realizado campanha em Várzea Grande nas eleições de 2018 e pedido votos para o vereador da Capital e então candidato a deputado estadual, Juca do Guaraná Filho (Avante). Já o vereador Rogerinho da Dakar teria deixado de pedir votos para os 32 candidatos do PV (que colocaram o nome na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa) e realizado campanha em prol da candidatura do ex-secretário de Saúde de Várzea Grande, Daoud Abdallah (PP).
Segundo Elias, uma Comissão de Ética foi instaurada para apurar as denúncias e ao final decidiram pela expulsão dos vereadores do partido. “O relatório foi aprovado por unanimidade em sessão plenária no Diretório Municipal do PV”, explicou o pevista.
Conforme ele, a expulsão já foi comunicada à Câmara Municipal de Vereadores, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) e ao Diretório Estadual do PV.
Ainda sobre a saída de Rogerinho e Carlindo, o presidente do PV em Várzea Grande afirmou que a legenda não perde nada com a exclusão deles dos quadros. “O PV não perde com a saída deles, pelo contrário, se agiram assim, qual a contribuição que deram ao partido?? É justo se elegerem por uma legenda e apoiar outra??? Será que só com os votos obtidos individualmente seriam eleitos???”, enfatizou.
Apesar da expulsão, Elias garantiu que o Diretório Municipal do PV ainda não ingressou com nenhuma medida judicial para cassar o mandato dos parlamentares pela infidelidade partidária, pelo fato dos vereadores terem direito de recorrer junto ao Diretório Estadual do PV.
“Ainda não, até porque sabemos que cabe recurso dessa decisão municipal, então tudo a seu tempo”, finalizou.
Outro Lado – Ao oticias, o vereador Rogerinho Dakar afirmou que já foi notificado da decisão da expulsão, mas que não concordou com a maneira que foi feito o processo contra ele.
“Me notificaram sobre a decisão, mas eu nem sabia do que estava sendo acusado. Eu tive que ingressar com uma notificação extrajudicial para saber do que estava sendo condenado. Além disso, ele tinha prazo de 15 dias de recorrer da decisão junto ao PV Estadual e o Diretório Municipal simplesmente ignoram isso e notificaram a Câmara sobre minha expulsão. Acho errado da maneira que tudo foi conduzido”, disse o parlamentar.
Apesar disso, o vereador garantiu que não tem intenção de deixar o partido e confia na defesa apresentada junto ao PV Estadual para seguir nos quadros da legenda. “Não tenho intenção de sair do PV e não vou sair. Apresentei minha defesa e estou confiante que irei permanecer no partido”, finalizou.
O oticias entrou em contato com o vereador Carlino Neto, mas até o fechamento da matéria ele não atendeu e nem retornou o contato.
Além disso, o oticias entrou em contato com o secretário-geral do PV Estadual, Luiz Antônio, que seria a pessoa responsável por falar sobre o processo na esfera estadual do partido, no entanto, ele também não atendeu e nem retornou o contato.
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