As eleições presidenciais de 2022 foi marcada por viradas e surpresas, decidida no segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) com uma votação que praticamente dividiu o Brasil, sendo classificada como a mais acirrada da história.
Na corrida à Presidência da República, Lula derrotou Bolsonaro [primeiro a tentar e não conseguir se reeleger à Presidência] obtendo a maior votação da história: 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos), conquistando seu terceiro mandato à frente do Executivo Federal.
Mas, para vencer o atual presidente, Lula teve de “virar” a votação em Estados em que o PT, na eleição de 2018 que teve como candidato Fernando Haddad (PT), havia sido derrotado. Um destes Estados foi Minas Gerais, em que o governador reeleito Romeu Zema (Novo) declarou apoio a Bolsonaro, e que em 2018 o atual Chefe do Executivo foi o mais votado.
No segundo turno, após a totalização dos votos, Lula conquistou 50,2% dos votos válidos contra 40,8% do candidato à reeleição no Estado mineiro, sendo a votação mais apertada entre os 26 Estados do país. Agora presidente eleito, Lula também saiu vitorioso no Amapá, Amazonas, e Tocantins – outros Estados em que Bolsonaro havia sido o candidato mais votado em 2018.
Jair Bolsonaro também conseguiu vencer em Estados que Lula havia obtido votação mais expressiva, sendo um deles o Estado do Amapá - um dos fatores predominantes para reduzir a distância para Lula de 6,2 milhões de votos no primeiro turno [02 de outubro], para 2,1 milhões de votos no segundo turno [30 de outubro] em um intervalo de quatro semanas.
Outro ponto de destaque na eleição presidencial foi o baixo de índice de abstenção no segundo turno em comparação com o primeiro. No dia 02 de outubro um total de 32,7 milhões de eleitores deixaram de votar [20,95%], enquanto que no dia 30 de outubro, 32,2 milhões de pessoas não compareceram aos locais de votação [20,58%].
Ao final, Lula foi eleito com 60 milhões de votos (50,90%), enquanto Jair Bolsonaro recebeu 58 milhões de votos (49,10%). A diferença entre eles, foi de menos de 2,1 milhões de votos.
A título de comparação, em 2018, quando Bolsonaro enfrentou e venceu, no segundo turno, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, a diferença foi de mais de 10 milhões de votos. Naquele ano, a candidatura de Lula, que estava preso, foi barrada pela Justiça eleitoral, e Bolsonaro foi eleito com 57.797.847 votos (55,13%) no segundo turno, Haddad teve 47.040.906 votos (44,87%).
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