O processo eleitoral para 2026 só começará a ser discutido efetivamente a partir de março, durante a chamada janela partidária. A afirmação é do deputado estadual Júlio Campos (União), que, em entrevista concedida nesta quarta-feira (30.04), foi enfático ao declarar que seu grupo político não aceitará ser “tratorado” por ninguém.
“O nosso grupo político — formado por mim, Júlio Campos, Jaime Campos, Eduardo Botelho, Dilmar Dal Bosco, atualmente também pelo Coronel Assis, além de cerca de 30 prefeitos e aproximadamente 180 vereadores — não aceitará ser tratorado por ninguém, seja Mauro Mendes, Pivetta, Fábio Garcia ou qualquer outro”, declarou.
Ao ser questionado sobre eventuais movimentações políticas nesse sentido, Júlio negou e afirmou que o momento atual é de diálogo, reforçando que decisões concretas somente serão tomadas no próximo ano. “Em março, a gente decide novos caminhos”, declarou.
“Vamos começar a discutir esse processo apenas em março, pois houve uma fusão prévia, e é nesse mês que se abrirá a janela partidária. Se não houver consenso, diálogo e uma conversa muito séria, com o compromisso de que nenhum grupo será excluído ou expurgado, continuaremos unidos”, completou.
O deputado também destacou que o grupo permanecerá na federação União Brasil-PP até março, sem, contudo, garantir a continuidade após esse período. “O quadro atual não significa que será mantido no próximo ano”, pontuou.
Indagado se março não seria um prazo tardio, considerando que outras siglas, como o PL, já iniciaram movimentações, o parlamentar afirmou que seu grupo também está presente nas ruas, embora de forma mais discreta. Júlio acrescentou que o atual vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), pode ser um dos nomes considerados, desde que haja consenso interno. Ressaltou ainda que não há motivo para preocupação, pois o grupo possui aliados fortes fora do União Brasil e do PP.
“O senador Jayme Campos é, potencialmente, um pré-candidato ao governo do Estado, seja pela frente União Brasil-PP, seja até por outra organização partidária. Isso não representa qualquer problema. Inclusive, o atual vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), também pode vir a ser nosso candidato, desde que haja diálogo”, concluiu.
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