A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) poderá ganhar seis novas vagas parlamentares, elevando o número total de deputados estaduais de 24 para 30. A ampliação é prevista no projeto aprovado na Câmara dos Deputados que trata do aumento de cadeiras no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, com vigência a partir de 2027. Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (07.05), o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), afirmou que a medida decorre de uma exigência legal.
“Quando o número de deputados federais cresce, proporcionalmente aumenta também nas Assembleias. É lei, temos que cumprir”, afirmou.
Apesar do acréscimo, Russi garantiu que o duodécimo – repasse constitucional de recursos à Assembleia – não será impactado. No entanto, reconheceu limitações de infraestrutura. “Hoje, não temos espaço. Estamos concluindo uma nova ala, iniciada na gestão do ex-presidente Eduardo Botelho, que permitirá acomodar os seis novos gabinetes e ainda preparar dois gabinetes extras para suplentes”, explicou.
O presidente também ressaltou a importância do aumento da bancada federal de Mato Grosso, que passará de oito para dez deputados. Para ele, a mudança fortalece a representatividade do Estado nas decisões nacionais. “Não é justo que Estados menores tenham mais deputados que Mato Grosso, que tem crescido e é vital para o PIB nacional”, defendeu.
Questionado sobre a ampliação do número total de deputados federais no país, Russi foi enfático: “Se dependesse de mim, manteríamos os 513. Mas, se for para aumentar, é justo que Mato Grosso, que cresceu, também amplie sua participação”.
Russi também destacou que o aumento do número de parlamentares exigirá uma reorganização interna na Casa. “Vai exigir reorganização e adaptação. Mas vamos nos preparar para isso”, afirmou.
Além disso, o presidente da ALMT celebrou a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que concedeu liminar suspendendo a cobrança indevida sobre o uso de energia solar no Estado. A ação foi proposta pela própria Assembleia, a partir de iniciativa do deputado Faissal Calil (Cidadania), e beneficia produtores afetados por questões fiscais relacionadas ao tema. “Muitos mato-grossenses investiram em energia solar acreditando que não haveria esse tipo de cobrança. Foi uma vitória importante para os consumidores”, concluiu.
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