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Polícia Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 11:29 - A | A

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revenge porn

Três homens são presos por chantagem com fotos íntimas em MT durante operação

Homens foram presos por usar imagens íntimas para chantagear ex-companheiras

Isadora Sousa/VGN

Três homens foram presos em Cuiabá e Várzea Grande por usarem conteúdos íntimos das ex-companheiras como forma de chantagem emocional e financeira. As prisões ocorreram na manhã desta terça-feira (05.08), durante a Operação Shamar, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso como parte das ações do Agosto Lilás, campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher.

Em entrevista coletiva na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, na Capital, a delegada Mariell Antonini, coordenadora de enfrentamento à violência contra mulher e vulneráveis, revelou que os suspeitos ameaçavam divulgar fotos e vídeos íntimos das vítimas para forçá-las a retomar o relacionamento ou a ceder a exigências financeiras. “Infelizmente, esse tipo de crime tem se tornado mais comum. É uma tentativa de manipular a mulher com base no medo e na vergonha”, afirmou.

Entre os 13 mandados de prisão preventiva expedidos durante a operação, três são diretamente relacionados à prática criminosa conhecida como revenge porn — a divulgação ou ameaça de divulgação de imagens íntimas sem consentimento, geralmente como forma de retaliação após o fim do relacionamento. Durante as diligências, também foram apreendidos celulares e computadores usados para armazenar e compartilhar os conteúdos.

Segundo dados da Cyber Civil Rights Initiative, em 90% dos casos de revenge porn as vítimas são mulheres. Jovens são as mais afetadas, e quando os homens não aparecem nas imagens, a responsabilização recai integralmente sobre elas, expondo-as à humilhação pública.

A Polícia Civil orienta que vítimas denunciem imediatamente. “Se não conseguimos prender de forma imediata, representamos pela busca e apreensão dos dispositivos eletrônicos usados no crime, para interromper o ciclo de chantagem”, explicou a delegada.

A prática é considerada crime previsto no Código Penal e pode ter pena agravada quando há vínculo afetivo entre a vítima e o autor.

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