O juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Murilo Moura Mesquita, autorizou sigilo em documentos da Ação Penal contra o policial militar Diogo Donald Correa das Neves, acusado de matar o ex-servidor público da Prefeitura de Várzea Grande, Marcelo Oliveira da Costa.
Consta da decisão, proferida na última terça-feira (25.06), os documentos a serem “selados” pela Justiça refere-se ao abuso sexual sofrido pela esposa do militar supostamente cometido pela vítima. O sigilo atende pedido da defesa do PM que alegou que teria ocorrido a exposição de informações de cunho pessoal.
O juiz Murilo Moura afirmou que o sigilo é necessário “para que se preserve intimidade, vida privada, honra e imagem da mulher” para evitar sua exposição aos meios de comunicação. “Intime-se parte interessada, a fim de indicar os documentos específicos e dados sensíveis em relação à ela que deseja ser mantido em sigilo e, após, retornem os autos conclusos para deliberações”, diz decisão.
Contudo, o magistrado negou outros pedidos de Diogo Donald sob justificativa que não “são essenciais para a elucidação” do assassinato de Marcelo, sendo eles: envio de ofícios requisitórios para as principais plataformas de viagens por aplicativo, solicitando que seja disponibilizado todo o histórico de ocorrências registradas contra Marcelo Oliveira, a fim de instruir os autos com elementos a respeito da personalidade da vítima, bem como todo o trajeto realizado pelo mesmo no dia 02 de abril de 2023.
Além disso, ele requereu juntada dos antecedentes criminais de Marcelo; que a sua esposa fosse submetida exame psicológico pela Politec, para demonstrar a veracidade da versão defensiva do suposto abuso, bem como os danos emocionais causados a ela.
Leia Também - PM vira réu por matar ex-servidor de VG; família da vítima cobra justiça e afastamento do militar