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Entrevista da Semana Sábado, 30 de Março de 2024, 20:35 - A | A

Sábado, 30 de Março de 2024, 20h:35 - A | A

entrevista da semana

Candidata à reitora promete priorizar conclusão do campus de engenharias e ampliar diálogo da UFMT com a sociedade

O suporte recebido das chapas 3 e 4 reforça significativamente a candidatura de Marluce à reitora

Carlos Oliveira/VGN

A professora Marluce Aparecida Souza e Silva, representando a chapa 1, avançou para o segundo turno da eleição para reitoria da UFMT, contando com o apoio consolidado das chapas 3 e 4. Em entrevista ao , Marluce compartilha aspectos de sua história familiar, sua consolidada trajetória profissional na UFMT e como se prepara para o desafio de liderar a universidade.

Originária de uma família de trabalhadores, Marluce iniciou sua jornada profissional aos 15 anos, desenvolvendo uma destacada carreira na UFMT, com vasta experiência em ensino, pesquisa e gestão. Ela advoga por uma administração democrática, transparente e inclusiva, priorizando a excelência em ensino, pesquisa e extensão. O suporte recebido das chapas 3 e 4 reforça significativamente sua candidatura. Confrontando a percepção de ser uma pessoa inacessível, Marluce esclarece que sua administração será marcada pelo diálogo aberto com todos os segmentos da comunidade universitária, incluindo representantes do agronegócio.

Para promover a representatividade, ela sugere a implementação de medidas como reuniões abertas, transparência nas informações e a inclusão de representantes de todas as categorias nos órgãos colegiados. Face aos desafios impostos por cortes orçamentários, Marluce propõe a busca por financiamento através de parcerias estratégicas, emendas parlamentares e o combate ao contingenciamento de recursos, sempre pautada pela responsabilidade social e a defesa dos princípios da educação pública.

A finalização do Campus das Engenharias, localizado em Várzea Grande, é apontada como uma das prioridades de Marluce, que se compromete a encontrar soluções para a conclusão e plena operação do campus.

Em suma, Marluce ressalta sua experiência, formação e dedicação à UFMT como as principais razões que a credenciam para assumir o cargo de reitora.

Leia a íntegra da entrevista:

VGN - Poderia compartilhar aspectos de sua história familiar, sua trajetória profissional e como se preparou para o imenso desafio de gerir uma universidade tão complexa quanto a UFMT?

Marluce - Originária de Minas Gerais, mais especificamente de Prata, no Triângulo Mineiro, sou filha de um marceneiro e de uma alfaiate. Ocupo a posição de quarta filha em uma dedicada família de trabalhadores de condição humilde. Aos 15 anos, comecei a trabalhar para contribuir com o sustento de nossa casa. Minha carreira profissional teve início na área de Assistência Social, em um hospital privado. Logo após, tive a oportunidade de lecionar na Faculdade do Triângulo Mineiro. Devido a uma mudança para Cuiabá, motivada pela carreira de meu então esposo, assumi a posição de docente substituta no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM). Em 1996, conquistei a posição de docente efetiva na UFMT, através de um rigoroso concurso público.

Meu compromisso com a UFMT expandiu-se por diversas frentes, incluindo docência, pesquisa e gestão. Alcancei o título de mestre no ano 2000 e ocupei várias posições significativas, como chefe de departamento, vice-coordenadora de pós-graduação, membro efetivo da editora da UFMT e dos conselhos CONSEPE e CONSUNI. Atualmente, desempenho meu segundo mandato como diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais.

Após concluir o ensino médio em Uberaba, graduei-me em Serviço Social e Direito em Uberlândia. A diversidade de experiências acumuladas ao longo da minha carreira me forneceu uma compreensão abrangente sobre os desafios e potencialidades da UFMT. Estou convencida de que minha sólida formação acadêmica, vasta experiência profissional e meu compromisso com a gestão participativa me posicionam de forma única para liderar esta instituição. Meu propósito é desenvolver uma UFMT ainda mais equitativa, transparente e inclusiva, comprometida com a excelência em ensino, pesquisa e extensão. Tenho como meta intensificar o diálogo com toda a comunidade acadêmica e estabelecer uma gestão colaborativa, com ênfase na excelência acadêmica e responsabilidade social.

VGN - A chapa 1 recebeu recentemente apoio das chapas 3 e 4 para o segundo turno. Como você interpreta essa aliança e de que maneira essa união contribui para fortalecer sua candidatura neste momento crucial?

Marluce - A aliança com as chapas 3 e 4 representa uma palavra-chave: CONFIANÇA. Os integrantes dessas chapas são docentes altamente qualificados e dedicados a promover uma gestão mais dinâmica e efetiva na UFMT. Nosso ponto de conexão é o compromisso com um modelo de administração que responda agilmente aos desafios e oportunidades da universidade. Juntos, fizemos um trabalho de integração de propostas e estratégias, o que sem dúvida fortalece a nossa chapa. Essa união simboliza não apenas uma soma de forças, mas um compromisso compartilhado de avançar com uma agenda de transformação para a UFMT. Portanto, é com um espírito de colaboração contínua que seguimos adiante.

VGN - Há quem diga que você é uma pessoa reservada e que sua chapa apresenta resistência ao diálogo com determinados setores da sociedade, como o agronegócio. Como você planeja estabelecer um diálogo com diferentes grupos na UFMT?

Marluce - A crítica da Chapa 2 parece ser mais um reflexo de uma estratégia para nos descreditar, propagando uma imagem distorcida da minha postura e de nossa chapa. Tentam nos pintar como radicais e isolacionistas. No entanto, refutamos cada um desses rótulos que tentam nos impor. Estou convicta da minha missão na UFMT e na sociedade, e sei que essa determinação pode causar desconforto em alguns. Reconheço-me como uma pessoa resiliente e adaptável, jamais radical.

Em nossa gestão, o compromisso é com a inclusão e o diálogo abertos com todos os setores da universidade, abrangendo todas as áreas de conhecimento. Especialmente para os cursos ligados ao agronegócio, garantiremos uma gestão acessível e dedicada a promover e apoiar projetos que elevem o padrão de excelência da UFMT. Nosso foco está em uma administração que valoriza a contribuição de cada segmento, buscando o desenvolvimento conjunto e harmonioso da universidade.

VGN - Quais iniciativas serão adotadas em sua gestão para assegurar o diálogo aberto e a representatividade de todos os segmentos da comunidade universitária?

Marluce - Para fomentar um ambiente de diálogo aberto e garantir a representatividade ampla na UFMT, adotaremos as seguintes medidas :Reuniões Abertas e Dialogadas: Organizaremos reuniões presenciais nos órgãos colegiados, promovendo um espaço aberto para discussão e troca de ideias.

Transparência nas Decisões: As decisões tomadas em cada reunião serão disponibilizadas de maneira imediata, assegurando transparência e acesso à informação para toda a comunidade universitária.

Planejamento Participativo: O processo de elaboração do orçamento e do planejamento institucional será participativo, envolvendo ativamente todos os segmentos da comunidade na tomada de decisões.

Representatividade nos Órgãos Colegiados: Garantiremos a representação de todas as categorias de trabalhadores nos órgãos colegiados, assegurando uma gestão inclusiva e democrática.

Presença do Reitorado: O reitorado terá presença permanente nas reuniões dos colegiados de Departamento e das Congregações dos Institutos e Faculdades, fortalecendo a comunicação e o compromisso com as demandas de cada segmento.

VGN - Diante do cenário atual de restrições orçamentárias nas universidades públicas, quais estratégias serão adotadas para captação de recursos para a UFMT?

Marluce - Nossa estratégia para captação de recursos envolve uma presença ativa e estratégica nas comissões responsáveis pela deliberação de recursos, além de estabelecermos relações institucionais sólidas e pautadas nos princípios republicanos. É essencial debater e reivindicar continuamente junto aos parlamentares e, especialmente, ao governo federal, a importância do Fundo Público para a educação. Nosso objetivo é não apenas buscar o aumento dos recursos orçamentários públicos mas também combater vigorosamente quaisquer cortes e contingenciamentos, utilizando argumentos sólidos e uma postura de resistência firme.

VGN - Como planeja alinhar a captação de recursos com o compromisso da UFMT com a responsabilidade social e os princípios da universidade pública?

Marluce - A gestão dos recursos, balanceando as fontes públicas e privadas, já se encontra regulamentada e essa regulamentação será rigorosamente seguida durante nossa administração. Assim, a integridade dos princípios da universidade pública e nosso compromisso com a responsabilidade social serão mantidos em todas as ações de captação e gestão de recursos.

VGN - O Campus das Engenharias em Várzea Grande é uma demanda crítica para a região e está em construção há mais de uma década. Quais ações específicas estão planejadas para assegurar a conclusão dessa obra e sua operacionalização efetiva?

Marluce - Tratar a conclusão do Campus de Várzea Grande como uma prioridade é um compromisso irrevogável. Assim que assumirmos, faremos uma análise detalhada do projeto, incluindo um levantamento completo do orçamento, a avaliação do progresso atual da obra e a definição de um plano de ação para sua finalização. Isso incluirá a aplicação de emendas parlamentares já asseguradas e a busca ativa por recursos adicionais necessários.

VGN - Por que a senhora se considera a candidata mais apta para assumir o cargo de reitora da UFMT?

Marluce - Reconheço a qualidade de todos os candidatos, com base nos critérios de qualificação exigidos. No entanto, considero-me a mais preparada nesta eleição por vários motivos. Primeiramente, minha trajetória na UFMT foi construída ao lado de alguns dos mais destacados professores e professoras, de quem absorvi não apenas conhecimento, mas também valores essenciais à boa gestão. Sou fruto de uma combinação de estudo intenso, trabalho árduo e dedicação inabalável. Acredito firmemente que meu histórico e minha formação me conferem uma visão única e as competências necessárias para liderar nossa universidade neste momento crucial.

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