O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, alertou nessa segunda-feira (11.05), que a flexibilização e as mentiras em torno da realidade da doença dificultam a utilização dos equipamentos de proteção e a garantia do isolamento social, necessário para conter o aumento no número de casos de Covid-19, que registrou 519 casos confirmados e 19 óbitos, em Mato Grosso.
“Aqueles que nesse momento negligenciam que não acreditam que tem uma pandemia acontecendo, muito provavelmente vão necessitar de um respirador e não terão a sua disposição. Não dá para relaxar ao ponto que estamos relaxando”, alertou. Leia mais - Barra do Garças registra 19ª morte por Covid-19 no Estado; Mulher é 4ª do município
Gilberto disse que observou a movimentação das pessoas no feriado do dia das mães e parecia não existir uma pandemia. Segundo o secretário, a população deve tomar uma decisão por livre-arbítrio e continuar mantendo o isolamento e uso de medidas protetivas: “Esse final de semana notei uma grande movimentação em Cuiabá e Várzea Grande, parece que nós não estamos em plena pandemia, muito discurso, e pouca ação.”
O secretário completou dizendo que o “pico” da pandemia em Mato Grosso ainda não chegou, mas alertou que os números cresceram substancialmente nos últimos dias: “As pessoas continuam na rua, muitos não utilizando máscara e já dá para perceber crescimento geométrico do número de casos. Daqui há 10, 15 dias vamos perceber mais ainda, que essa flexibilização e a falta de comprometimento vai ter um crescimento substancial de casos”, afirmou.
Gilberto chegou a fazer um apelo para a população que não acredita na pandemia, pedindo que se mantenham em casa ou que utilizem máscaras quando saírem às ruas. Ele ainda apontou que os números de óbitos no Brasil mostram que a doença é real ao questionar as pessoas que ainda dúvida. “Tem até médico gravando vídeo dizendo que isso é uma mentira.”
“Eu não sei se é uma mentira quase mil óbitos por dia no Brasil, registrado a partir do último final de semana. Eu não sei se é uma mentira imagens que mostram cemitérios com covas em escala para enterrar, com dificuldade para fazer inclusive funeral dos óbitos estabelecidos. Eu não sei se pode ser ficção os números que crescem no Estado de Mato Grosso, para vocês cético, cuidado você pode estar colocando a sua vida em risco e de todos aqueles que convivem com você.”
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