O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, em entrevista ao , afirmou que o Estado oferta capacitação e treinamento aos reeducandos do Sistema Penitenciário de Mato Grosso, para garantir oportunidades de trabalho quando deixarem a vida de cárcere. A resposta do secretário é em relação ao questionamento sobre o exame do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, para este público, que será aplicado em dois domingos diferentes, 9 e 16 de janeiro de 2022.
“Uma hora eles vão voltar para sociedade não tem como falar que não, aqui no Brasil não tem pena de morte, nem prisão perpétua , cabe a nós trazer esse cara capacitado treinado, ocupar o trabalho dele como cidadão para que não volte para o crime. O Estado está ensinando, treinando, capacitando, quem não tem muita formação vai ser panificador, trabalhar com máquina , esse cara vai voltar para a sociedade. Ele volta para trabalhar ou para cometer crime, eu quero que ele volte para trabalhar”, declarou o secretário.
Entre estes 1.163 reeducandos inscritos, se destaca o preso L. O. S., de 30 anos, que já é técnico em enfermagem e sonha com Medicina. Segundo informações da Sesp-MT, recluso há cinco anos, L. O. S. deve ganhar liberdade em breve, atualmente o preso se dedica a leitura de livros de biologia, química e matemática.
A Sesp-MT prevê ainda, que o exame nas unidades penitenciárias vai coincidir com o retorno das visitas aos presos. Até o momento, está em vigor o decreto do Governo do Estado, que revoga todas as medidas restritivas contra Covid-19. Contudo, foram mantidas apenas o uso obrigatório da máscara.
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Sobre o retorno das visitas aos presídios, Bustamante afirmou que o Estado estuda um protocolo nacional para facilitar a visita. Porém, ainda não há nenhuma data.
“A situação do privado de liberdade é diferente da nossa, normalmente os caras dormem acumulados, trabalham muito juntos, a aglomeração lá é maior. Hoje estamos com a pandemia controlada aqui fora, mas não quer dizer que a pandemia acabou. Nós temos condições hoje de começar a pensar na visita de novo, mas como é que ela vai ser, vai ser um movimento nacional, não é só de Mato grosso, de uma forma que a gente tente manter a vida dos reeducandos, que estão sob custódia do Estado como das famílias que vai visitar”, encerrou.
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