A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, negou a revogação da prisão preventiva de Welliton da Costa Souza, acusado de participar de uma organização criminosa especializada em realizar roubos e furtos, e que movimentou aproximadamente R$ 1,7 milhões.
O acusado foi preso em março de 2016 pela Polícia Civil por meio da “Operação Mercatore”. Segundo as investigações, ele é apontando como o executor de mais de 200 arrombamentos de veículos, usando geralmente carros de luxo para não levantar suspeita das vítimas.
Em despacho realizado no último dia 14, Selma manteve a prisão de Welliton apontando que nos autos existe evidências suficientes para a manutenção da prisão, e que sua liberdade traria risco à sociedade.
“Por todo o exposto, provas da existência do crime e indícios de autoria e ‘perigo da liberdade’ estão bem demonstrados, assim como as razões para a manutenção da prisão preventiva, a qual se faz plenamente necessária e adequada às circunstâncias dos fatos e à gravidade dos delitos, motivo pelo qual indefiro o requerimento de revogação da prisão preventiva formulado em face do acusado Welliton da Costa Souza”, diz extraído do despacho da juíza.
Entenda – Em 2016, a Polícia Civil por meio da Operação Mercatore foram indicados 16 membros de uma organização criminosa que fomentava uma série de crimes em Cuiabá. O inquérito foi concluído e os integrantes da quadrilha denunciados pelo Ministério Público Estadual.
Na operação, nove mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de 12 conduções coercitivas para interrogatório e 34 buscas e apreensões.
A organização criminosa é acusada de movimentar R$ 1,7 milhão, proveniente da lavagem de dinheiro e comercialização de produtos roubados como cargas de eletroeletrônicos, acessórios e equipamentos de informática.
As investigações apontaram que no topo da hierarquia da organização criminosa estava João dos Santos Filho e como gerente geral Odair Coelho Vaz. Ambos administravam sete bancas, sendo cinco em Cuiabá, no Shopping Popular, na região do Porto, e outras duas em Várzea Grande.
O grupo responde por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato, corrupção ativa e passiva.
Foram denunciados além de Welliton da Costa Souza: João dos Santos Filho, Odair Coelho Vas, Luiz Carlos da Silva, Andrea Cristina Moura Figueiredo Santos, Fábio José Prado Gomes, Felipe Figueiredo Santos, Bruna dos Santos Souza, Camila Figueiredo Santos, Ivan Fortes de Barros, Joester Emanuellita Mohn de Abreu, Florival Dantas Neto, Marcel Souza Abe, Welliton da Costa Souza, Anderson Marcelo da Silva, Luiz Gonzaga Frutuoso Braga, Rogério Costa Ribeiro e Augusto Ribeiro Amorim.
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