A jovem de 19 anos que foi enganada e se tornou uma prisioneira de uma boate do Mato Grosso quer deixar o Estado. Ela pretende conseguir ajuda para voltar a Roraima, onde morava com a família.
De acordo com a vítima, a proposta de trabalho em outro Estado se tratava de algo "honesto" e não para se tornar garota de programa. Ela está em um abrigo e passou a manter contato com parentes para a possibilidade de enviarem dinheiro.
Ainda de acordo com a jovem, os programas custavam entre R$ 120 e R$ 150, sendo que parte do dinheiro ficava para o dono do estabelecimento, conhecido pelas garotas como Marcelo.
O homem, no entanto, se chama Edson Aparecido da Silva e negou a prática de aliciamento. Ele disse que as meninas são contratadas apenas para dançar e não são obrigadas a fazer os programas. No entanto, a vítima disse que a situação na boate é bem diferente.
— Se eu estou mal, com dor de cabeça, não quero trabalhar, a gente paga uma multa para ficar dentro do quarto de R$ 150 a R$ 250.
A jovem conseguiu sair do local com a ajuda de um cliente. A garota foi até a delegacia e denunciou a situação. Edson será indiciado por favorecimento de prostituição e tráfico interno de pessoas.
Outras garotas encontradas na casa também foram ouvidas e devem ser testemunhas no caso que vai ser investigado pela Polícia Civil.
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