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Cidades Terça-feira, 29 de Setembro de 2020, 15:51 - A | A

Terça-feira, 29 de Setembro de 2020, 15h:51 - A | A

constrangimento ilegal

Jornalista denuncia superintendente do CREA-MT por assédio moral

Sarah Mendes/ VG Notícias

A jornalista Cristina Cavaleiro, atual assessora do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT), registrou boletim de ocorrência, na última quinta-feira (24.09), por assédio moral, contra o superintendente executivo do órgão, Átila Kleber Oliveira Silveira.

Na denúncia, Cristina relatou que em 6 de março deste ano foi chamada a comparecer ao gabinete de Átila, ocasião em que foi questionada sobre entrevista realizada com uma engenheira integrante do grupo de oposição do atual presidente licenciado do CREA-MT e candidato à reeleição, João Pedro Valente. A eleição em questão está prevista para ser realizada em 1º de outubro.

Segundo a jornalista, à ocasião, Átila disse que, como assessora do CREA, ela (Cristina) teria que atender à atual gestão. Ainda, de acordo com ela, o superintendente chegou a “sugerir” que “poderia demiti-la caso não atendesse às demandas da gestão”.

O seu papel é atender a gestão. [...] O que for para ser feito, tome cuidado. Porque muitas vezes você está [falando] assim: eu estou cumprindo meu papel. Mas não é somente esse papel que você tem que cumprir… Tem que ficar muito atenta. Seu papel é fazer as comunicações que a gestão pede. As demandas é (sic) da gestão”, avisou.

A conversa entre Cristina Cavaleiro e Átila Silveira foi gravada. No áudio é possível ouvir o superintendente dizendo que, por se tratar de um ano eleitoral no CREA-MT, a profissional de comunicação deveria “ficar esperta”.

Átila afirmou ainda que a conversa estava ocorrendo a pedido do presidente licenciado do órgão, João Pedro Valente.

À Polícia Judiciária Civil a jornalista contou que decidiu registrar a ocorrência por ter se sentido pressionada. “Senti que ele queria me usar como ferramenta para buscar informações [da oposição]”, relatou no boletim.

Outro lado: O superintendente do órgão encaminhou uma nota sobre o caso. Confira resposta na íntegra. 

“Eu, Átila Kleber Oliveira Silveira em direito de resposta, tomei conhecimento no dia 18/09/2020, por meio de artigos jornalísticos e também por amigos, da existência de uma gravação clandestina, feita a partir de uma conversa reservada e moderada que havia estabelecido com uma colaboradora do Crea-MT. Nesse diálogo explanei minha preocupação com o momento eleitoral do Conselho e as atividades da colaboradora, já que ela possui cargo de confiança (Assessora de Comunicação da Gestão).  

Na oportunidade, pedi para que a colaboradora tomasse cuidado em não veicular matérias que pudessem de alguma forma privilegiar um ou outro candidato, pois as publicações institucionais devem ser imparciais durante todo o processo eleitoral, até porque em qualquer estado democrático de direito, toda gestão possui uma oposição, a qual poderiam se valer dessas matérias.

Essa conversa foi realizada em 06/03/2020 (07 meses) atrás, e publicizada pela colaboradora como suposto constrangimento ilegal às vésperas das eleições do Conselho, que ocorrerá em 01/10/2020. Penso que poderia me reservar, sem a necessidade de exercer o direito do contraditório, mas em respeito ao Conselho, órgão que aprendi a ter apreço e respeito, casa de todos os engenheiros e profissionais da geociência, em respeito à minha imagem, e a tudo que eu prego no ambiente do trabalho “respeito com o próximo”, entendo necessário registrar o que segue: 

Na conversa do áudio, ora editado, pois não apresentasse na íntegra, e clandestino, pois feito sem o consentimento da outra parte, não há qualquer constatação de coação ou sujeição que pudesse a colaboradora tomar tal postura ressaltando que, causa estranheza, pois durante os 7 meses da data do fato as partes desenvolveram uma relação harmônica e respeitosa.  

Assim, para ponderar sobre os fatos ocorridos, e verificar qualquer exacerbação dos meus atos, tentei avistar no áudio publicado qualquer desabono em desfavor da colaboradora, que se identificado, eu estaria sem qualquer receio ou orgulho fazendo a devida retratação, porém, verifica-se que a conversa, ora reservada, foi conduzida com parcimônia, ponderação, direção e orientação das atividades que a colaboradora deveria exercer.  

Cabe ainda destacar que as matérias feitas pela assessoria de comunicação, em regra, possuem o fluxo de serem revisadas pela gestão, seja pelo presidente, superintendente ou gerente da área, portanto a solicitação para a colaboradora, não possui nenhuma exceção à regra. Conforme visto na gravação, a abordagem e o desenvolvimento da conversa foram procedidos nos limites da chefia, sem qualquer intimidação ou algo que pudesse trazer constrangimento ilegal à colaboradora.  

Afinal, desde que o Conselho retornou com suas atividades presenciais, a colaboradora não se apresentou ao posto de trabalho, alegando comorbidade e risco de contágio pelo Covid-19, através de atestados médicos. Nesse sentido, a gestão pautada pelo respeito à saúde e a dignidade da pessoa humana, colocou a colaboradora em trabalho remoto, estando afastada das atividades presenciais há 5 meses, de maio a setembro do ano, sendo lhe cobrada, tão somente, por sua produtividade e comprometimento ao trabalho.  

Por fim, e preservação de direito realizei um Registro de Ocorrência de Crime Contra a Honra (calúnia), conforme protocolo 044118/2020 Delegacia Virtual de Mato Grosso, para com a isenção da Justiça, possamos trazer luz a verdade dos fatos. É o que tenho a expor.”

 

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