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Cidades Terça-feira, 09 de Julho de 2013, 15:00 - A | A

Terça-feira, 09 de Julho de 2013, 15h:00 - A | A

Imprensa no alvo

A névoa que encobre o atentado contra o site precisa ser dissipada o mais rápido possível, porque jornalistas e empresas de Comunicação mato-grossenses temem que o mesmo tipo de ação seja posto em prática como ferramenta intimidatória da liberdade de exp

por Eduardo Gomes*

Atentado contra veículo de Comunicação é atentado contra a liberdade de expressão, independentemente de quem o pratique. Esse conceito se aplica à lamentável agressão sofrida na noite do sábado, 6, pelo site VG Notícias, da cidade de Várzea Grande.

Na noite do sábado a grade de proteção e a porta do VG Notícias foram alvejados por cinco disparos. Projéteis atingiram dois sofás. No momento do atentado não havia nenhuma pessoa no prédio do site, que se situa próximo ao fórum e a prefeitura de Várzea Grande.

A ocorrência foi registrada em boletim pela Polícia Militar. A Perícia Oficial e Identificação Criminal (Politec) periciou o cenário do atentado e colheu material para exames. A Polícia Judiciária Civil instaurou inquérito para apurar o caso.

Não se pode afirmar que se trata de tentativa de silenciar o site, como suspeita sua diretora, a jornalista Edina Araújo. Somente o trabalho policial poderá chegar ao fio da meada. Porém, é preciso que se leve em consideração que não há histórico de disparos de arma de fogo contra estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviço em Várzea Grande e em Mato Grosso, de modo geral.

A névoa que encobre o atentado contra o site precisa ser dissipada o mais rápido possível, porque jornalistas e empresas de Comunicação mato-grossenses temem que o mesmo tipo de ação seja posto em prática como ferramenta intimidatória da liberdade de expressão consignada pela Constituição da República Federativa do Brasil.

A polícia precisa investigar com celeridade esse caso. Não é preciso ser expert na atividade policial para se chegar à conclusão que existem duas linhas a serem investigadas: o atentado simplesmente por exibicionismo ou qualquer outro tipo de irresponsabilidade; ou aquilo que se chama de “recado”, que alguém ou algum grupo que se sinta prejudicado pela linha editorial tenha mandado, para coagir a redação a mudar seu enfoque jornalístico.

A Imprensa mato-grossense espera que além da investigação policial o caso também receba a atenção do Ministério Público Estadual (MPE), da Ordem dos Advogados do Brasil, da Assembleia Legislativa, da bancada federal e do governo estadual.

Se o inquérito policial identificar que o episódio contra o VG Notícias se resume a ato de irresponsabilidade sem nenhuma conotação com a linha editorial do site, que seu autor ou autores respondam criminalmente pelo atentado.

Se ao invés de ato irresponsável o atentado tiver cunho político ou sindical, o caso toma outro rumo, esse muito grave e preocupante, que precisa ser corrigido com a força da lei, para não se repetir.

Até que se apure o fato, em nome do bom senso a Secretaria de Estado de Segurança Pública tem o dever de oferecer segurança aos diretores e jornalistas do site VG Notícias, para garantir suas integridades físicas e montar esquema de monitoramento em tempo integral em sua porta, para evitar reincidência.

A névoa que encobre o atentado contra o site precisa ser dissipada o mais rápido possível

 

*Eduardo Gomes é jornalista e diretor da Revista MT Aqui e trabalha no Diário de Cuiabá

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