por Thaiza Assunção/VG Notícias
O governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB) disse durante assinatura de um protocolo de intenções que visa instalar o primeiro Parque Tecnológico de Mato Grosso em Várzea Grande, que aguarda o Poder Executivo Municipal doar uma área para construção da Rodoviária do município.
No entanto, o terreno foi doado em junho do ano passado, pelo antigo gestor do município, Sebastião dos Reis Gonçalves – Tião da Zaeli (PSD). A área de 40.000 m² está localizada na Rodovia Mário Andreazza, próximo a Central de Comercialização da Agricultura Familiar José Carlos Guimarães (Ceasa).
Quando Tião da Zaeli anunciou a doação do terreno, o governo do Estado, por meio dos secretários de Cidades, Gonçalo de Barros – atual secretário de Infraestrutura de Várzea Grande - e Chico Daltro (PSD) prometeram o início das obras do novo terminal para novembro de 2012. Na época, Gonçalo de Barros chegou a declarar que o projeto arquitetônico da rodoviária já estava pronto e o modelo era o mesmo da rodoviária de Campinas (SP).
No entanto, se passaram quase um ano e nada foi feito no local, e a população continua a contar com um ponto de parada, localizado no bairro Mapim, sem nenhuma estrutura e nem espaço de qualidade para receber os passageiros que passam diariamente pelo local. Outra opção para os várzea-grandenses é deslocar ao Terminal Rodoviário de Cuiabá, que fica aproximadamente 15 km do município.
Para agravar a situação, o prefeito Walace Guimarães afirmou ao VG Notícias que não tem certeza se a construção da Rodoviária será na área doada pelo antigo gestor. Walace disse que há outras locais para a construção do terminal e que a nova área será apresentada ao governador do Estado até final do ano.
Ação Civil Pública tenta chamar atenção de autoridades - Desde 2006, corre na Justiça uma Ação Civil Pública (449/2006), impetrada pelo promotor da 6º Promotoria Civil de Várzea Grande, Carlos Eduardo Silva, com o intuito de sensibilizar os órgãos competentes na construção de instalações apropriadas para o serviço de transporte rodoviário no município.
Entre as irregularidades que foram encontradas e citadas pelo promotor, está a falta de segurança, cobrança de taxas de embarque e cobrança para uso do sanitário no local. Segundo Carlos Eduardo, a falta de segurança é o maior problema, já que no local existe tanque de combustível para abastecer os ônibus da empresa Eucatur.
No inicio de 2009 o juiz da 3ª vara cível de Várzea Grande, Rodrigo Roberto Curvo, acatou a ação do MPE e determinou que o Restaurante e Lanchonete Alvorada cumprisse as exigências apontadas no relatório de fiscalização preventiva em um prazo de 90 dias, sob pena de multa de R$ 500 por dia de descumprimento. E ainda determinou que a empresa parasse de cobrar taxas dos passageiros.
Porém, mesmo diante da decisão do magistrado, a empresa continua a trabalhar de forma desrespeitosa com os passageiros que por ali passam, e ainda continuam a cobrar pela taxa de embarque/desembarque.
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