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Cidades Sexta-feira, 20 de Julho de 2018, 14:43 - A | A

Sexta-feira, 20 de Julho de 2018, 14h:43 - A | A

Entrevista

Atitude do Dr. Bumbum denigre classe médica, diz presidente do CRM/MT

Adriana Assunção/VG Notícias

VG Notícias

Maria de Fátima de Carvalho

 

A presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Maria de Fátima de Carvalho, em entrevista ao “oticias no AR”, nesta sexta-feira (20.07), afirmou ser triste a conduta do médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, como principal suspeito pela morte da bancária Lilian Calixto, na madrugada do último domingo (15), durante procedimento estético nos glúteos, realizado dentro do apartamento do médico, na Capital Carioca.

Maria de Fátima de Carvalho, afirmou que a atitude do colega denigre a imagem da profissão: “Tem um indivíduo que descumpre vários artigos estabelecidos no código de ética médica, e sendo um médico, acaba denegrindo a classe médica. E a população acaba não individualizando e tendo esse mal olhar para o médico”, afirmou.

Segundo a presidente do CRM, a cobrança por fiscalização aos Conselhos em todo Brasil aumentou devido o fato do Dr. Denis possuir a licença do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, cassado nessa quinta (19). No entanto, Maria de Fátima frisou a importância da população não generalizar.

“É com grande tristeza que a gente vê um médico, porque ele é um médico, fez uma faculdade, conseguiu um diploma que se inscreveu no Conselho, atuar dessa forma. É aí que entra os Conselhos, os Conselhos precisam ter essa fiscalização, e esse julgamento, porque esse mal profissional acaba denegrindo a própria profissão, ele compromete a profissão. Quando entra na mídia ninguém particulariza para a atuação dele, acaba sendo uma coisa generalizada”, alertou.

Conforme Maria de Fátima, a conduta de um mal profissional e o destaque midiático prejudicam o bom profissional, que enfrenta diversas dificuldades, entre elas, uma jornada atenuante de trabalho: “As vezes recebemos telefonemas de colegas médicos que estão atuando no interior, chorando, eles dizem: Doutora eu já estou há 48 horas de plantão, não consigo sair do plantão, não tem ninguém para me substituir, o que eu faço?”, citou a presidente que pontuou que o profissional neste caso, se encontra em uma jornada extenuante.

Questionada se o Conselho investiga casos de médicos que fazem uso de medicamentos, Maria de Fátima afirmou que sim. Segundo ela, a situação vem aumentada o número de suicídios entre a categoria. “investiga, as vezes os próprios colegas percebem a situação e traz esse problema para dentro do conselho, esse é um problema. Cada vez mais está havendo um problema de aumento de suicídios na classe médica, entre os estudantes de medicina, a vida média do médico ela é abaixo da população, então, o médico adoece, as vezes a gente acaba penalizando o bom médico, que está esforçando para um bom atendimento.”

Recomendações - Maria de Fátima de Carvalho esclareceu aos pacientes que devem passar por procedimentos cirúrgicos, que todo procedimento envolve risco e a estrutura do local, bem como a presença de uma equipe de apoio. “Essa situação de um procedimento sem risco ela não existe. Cada pessoa que deseja fazer o procedimento precisa discutir com o seu médico os riscos associados ao procedimento. Se alguém vir com a promessa de procedimento sem risco, já desconfie até a retirada de uma unha encravada com aplicação de um anestésico tem o seu risco. É importante saber se aquele procedimento será feito em local onde tem equipamentos, equipe, aparelhagem, para o tratamento dos possíveis riscos.”

Entre as recomendações, Maria de Fátima alertou para que converse com médico sobre os riscos, o paciente veja sobre os riscos e as prevenções.

“Se eu vou fazer uma cirurgia que tenho maior risco de sangramento, tem que ter o apoiou de um banco de sangue, eu posso precisar de uma transfusão. Se eu vou fazer um procedimento que é muito tempo de anestesia, eu tenho que ver como é que é a anestesia, tem que ter um anestesista na sala. Se é um procedimento muito demorado, ver tem dois cirurgiões envolvidos no atendimento, se eu tenho um procedimento longo, um pode cansar e o segundo assumir. Então, tudo isso a pessoa precisa avaliar.”

 

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