Os produtores rurais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul rejeitaram nesta sexta-feira (30.10) o Estatuto para proteger Pantanal. Um projeto de lei com novas regras para a proteção do bioma deve ser apresentado em dezembro pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
Durante as discussões, os produtores pediram que o estatuto não venha restringir ainda mais a atividade econômica de criação de gado considerada uma das mais sustentáveis do mundo. Entre críticas, o presidente da Sociedade de Defesa do Pantanal (Sodepan), Marcelo Rondon de Barros, afirmou que os incêndios deste ano foram provocados por uma situação climática atípica.
Outro a seguir a mesma linha de raciocínio foi o presidente da União dos Pantaneiros da Nhecolândia (Unipan), Eduardo Affonso Santa Lucci Cruzetta que afirmou que a imprensa deu “uma exposição muito grande”.
Mesmo diante das críticas, o senador mato-grossense Wellington Fagundes (PL-MT) alertou que queimadas deste ano que destruíram 26,7% da área do Pantanal não podem “cair no esquecimento”. Ele destacou que a demora nas ações de prevenção não pode voltar acontecer.
“O cenário de destruição não pode voltar a se registrar na mesma dimensão. O verde que agora volta não pode apagar as cinzas, nem as imagens da vegetação queimada e dos animais mortos. A demora nas ações de prevenção não pode voltar acontecer, e estaremos atentos. Não temos visto nenhum órgão oficial fazendo um inventário dos estragos causados pelo fogo. Sabemos que temos organizações não-governamentais fazendo esse trabalho. E é assim que vai ficar?”, questionou.
Durante a audiência pública foi feita uma homenagem ao guerreiro Renato de Oliveira, da Força Nacional, que infelizmente morreu nesta terça-feira (27.10), dias após uma queda de helicóptero que aconteceu enquanto auxiliava no combate aos incêndios no bioma. (Com Agência Senado)
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