Uma criança de 10 anos sofreu uma parada cardíaca 12 horas após receber a dose pediátrica da vacina Pfizer, em Lençóis Paulista (SP). O incidente fez com que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da cidade, em reunião extraordinária, realizada ontem (19.01), determinasse a suspensão da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos por sete dias, em livre demanda.
Conforme nota emitida pelo Comitê e divulgada no site oficial da Prefeitura de Lençóis Paulista, a família da criança informou que ela está estável e consciente.
“O Comitê deixa claro que não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil, mas diante do ocorrido será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento. Além disso, esse prazo é necessário para aprofundamento sobre o caso de forma específica e envio de relatórios aos órgãos de controle federais e estaduais. A Secretaria de Saúde está solicitando autorização para acesso ao prontuário médico, uma vez que o atendimento ocorreu na rede privada” cita trecho da nota.
Segundo nota, a criança recebeu a dose infantil no dia 18, e aproximadamente 12 horas após ser vacinada, apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou conforme relatou o pai, por isso, foi levada à rede de saúde particular para atendimento profissional, onde foi reanimada.
“Após ser estabilizada, a criança foi transferida para o Hospital da Unimed, em Botucatu, onde permanece sob observação”.
A Prefeitura afirmou ainda que, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Epidemiológica, já comunicou à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, e aguarda resposta e instruções dos órgãos responsáveis.
Atualizada às 16h - Nota oficial, emitida pelo Governo de São Paulo, informa que a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde concluiu nesta quinta-feira (20) a investigação que descartou o evento adverso pós-vacinação na criança de 10 anos do município de Lençóis Paulista. "Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado" cita nota.
Conforme nota, a análise, realizada por mais de 10 especialistas, apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico.
"A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação e reafirma que todos os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes".
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