por Edina Araújo*
As calçadas sempre foram um espaço dedicado aos pedestres, proporcionando uma área segura para caminhar e interagir com a cidade. No entanto, infelizmente, em Várzea Grande, este espaço não tem sido respeitado pelos empresários e tampouco, fiscalizado pelo poder público municipal.
Uma prática crescente e preocupante: empresas que utilizam as calçadas como extensão de seus estabelecimentos comerciais. Embora estes empresários desrespeitosos acreditem ser benéfico para seus negócios, na prática, acarreta diversos problemas para os pedestres, prejudicando a mobilidade urbana, demonstram desrespeito às necessidades dos transeuntes, ainda afastam clientes empurrando-os para os shoppings.
Ao utilizar as calçadas para exibir mercadorias, colocar mesas e cadeiras, ou até mesmo criar estruturas que bloqueiam parcialmente o caminho, as empresas infringem o espaço público destinado aos pedestres. Essa atitude egoísta e irresponsável limita a liberdade de circulação dos pedestres, especialmente idosos, pessoas com deficiência e famílias com carrinhos de bebê. Essas obstruções tornam a caminhada difícil e desconfortável, forçando as pessoas a desviar-se para a rua, onde estão sujeitas a perigos potenciais.
A ocupação indevida das calçadas por parte das empresas cria riscos significativos à segurança dos pedestres. A falta de espaço para caminhar obriga as pessoas a dividirem um espaço restrito com veículos motorizados, aumentando a probabilidade de acidentes. Além disso, a obstrução visual causada pelas estruturas comerciais nas calçadas pode impedir a visualização de sinais de trânsito e prejudicar a comunicação entre os pedestres e os condutores, aumentando o risco de atropelamentos e colisões.
Ao ocuparem as calçadas de forma desordenada, as empresas excluem parte da população que enfrenta dificuldades de mobilidade. Pessoas com deficiência, por exemplo, podem ter seu acesso aos estabelecimentos completamente bloqueados. Rampas de acesso inutilizáveis, degraus altos ou a simples falta de espaço para manobrar cadeiras de rodas ou andadores são algumas das barreiras enfrentadas, o que representa uma clara violação dos direitos de igualdade e inclusão.
Além dos impactos diretos aos pedestres, a ocupação indiscriminada das calçadas prejudica a estética e a qualidade do ambiente urbano. Estruturas desproporcionais e inadequadamente projetadas causam uma descaracterização das áreas públicas, desvalorizando o espaço e impactando negativamente o visual da cidade. Isso afeta a sensação de pertencimento e bem-estar da comunidade, comprometendo a qualidade de vida urbana.
A prática de empresas que utilizam as calçadas como extensão de seus comércios é uma clara manifestação de desrespeito aos pedestres e ao espaço público. Além de infringir a legislação que regulamenta o uso das calçadas, essa prática prejudica a mobilidade.
A população várzea-grandense espera que o poder público municipal e o Ministério Público saiam da zona de conforto e façam alguma coisa em favor dos pedestres que reclamam há anos e não são ouvidos.
*Edina Araújo, jornalista e diretora do VGNOTÍCIAS
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