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Artigos Terça-feira, 26 de Junho de 2018, 10:25 - A | A

Terça-feira, 26 de Junho de 2018, 10h:25 - A | A

Opinião

Agressão em sala de aula: a história se repete

                                                                                                                                                                     por Lyssa Gonçalves Costa*

No dia 12 de junho de 2018, um professor de filosofia foi agredido por um aluno na Escola Estadual Raimundo Pinheiro da Silva, em Cuiabá. O motivo? O professor o repreendeu por estar jogando baralho em sala de aula. Diante da situação, o educador pediu que ele se retirasse da sala e fosse até a coordenação. Ao retornar, o estudante ameaçou o professor e o agrediu quando disse que iria chamar a polícia.

Veja, a situação é chocante não só porque um professor foi agredido em seu local de trabalho, é chocante, na verdade, por sua recorrência.

Infelizmente, devo dizer que são inúmeros e repetidos os relatos de professores que são ameaçados ou que têm um bem depredado. A depender da escola ou do turno em que trabalham, na salas dos professores é confessado, entre risos nervosos, quem teve que trocar os pneus de seu carro, ou quem teve o carro riscado, ou quem foi ameaçado. O que o professor faz frente a isso? Esquiva-se, fica inerte e aceita. A coordenação, a direção e a Seduc, via de regra, fazem o mesmo.

Precisamos ter em mente que a escola é um catalizador de problemas sociais. Tudo reflete na e é refletido pela escola e é por lá que o trabalho precisa começar. Trabalho que não é somente do professor. É preciso um esforço conjunto da comunidade escolar e civil, mas principalmente de respaldo e de segurança.

De nada adianta campanhas ‘facebookeanas’ que defendem que o professor merece o prestígio de um jogador de futebol, enquanto esses precisam pisar em ovos para exercer a sua profissão para saber quando podem ou não exigir o mínimo de respeito. Não defendo, é claro, que um professor deveria ter seguranças como tem um Juiz de Direito, não seria factível (ou seria?), mas é hora de mudar. É hora de ter o respeito merecido. O que não podemos permitir é que essa situação se arraste por mais tempo.

Então devo questionar: Senhor Governador, Senhores Deputados Estaduais, quais medidas tomaremos? Enquanto rios de cifras vão a Verbas Indenizatórias, o que pode ser feito pelos professores e pelos cidadãos futuro deste estado? 

*Lyssa Gonçalves Costa é Professora Mestre em Estudos de Linguagem, Presidente da Associação de Professores de Língua Inglesa do Estado de Mato Grosso e está lotada na Escola Estadual Doutor Estevão Alves Correa.

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