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VGNJUR Sexta-feira, 25 de Outubro de 2024, 12:01 - A | A

Sexta-feira, 25 de Outubro de 2024, 12h:01 - A | A

investigação

STJ afasta servidora suspeita de envolvimento com venda de decisões

Servidora estaria supostamente envolvida em esquema orquestrado pelo lobista Andreson Gonçalves

Lucione Nazareth/VGNJur

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou nesta sexta-feira (25.10) que afastou cautelarmente uma servidora suspeita de envolvimento em um esquema de venda de decisões na Corte.

Além disso, o órgão revelou que foi instaurado um processo administrativo disciplinar contra a funcionária pública. A servidora afastada atuava no gabinete do ministro do STJ, Moura Ribeiro.

O STJ disse que a medida é forma de expandir as investigações sobre o suposto esquema, e até o momento não há qualquer indício de envolvimento de ministros.

“O procedimento seguirá as fases de instrução, defesa e relatório, garantindo-se, a um só tempo, os esclarecimentos necessários e a possibilidade do contraditório”, diz trecho da nota.

Anteriormente, o Superior Tribunal de Justiça já havia afastado um servidor que passou pelos gabinetes das ministras Nancy Andrighi e Isabel Gallotti.

Investigação contra servidora

O processo administrativo disciplinar foi aberto contra a servidora após sindicância identificar indícios do envolvimento dela em um esquema de venda de decisões articulado pelo lobista, Andreson de Oliveira Gonçalves, flagrado em diálogos com o advogado Roberto Zampieri (assassinado no dia 05 de dezembro de 2023).

Nas conversas, Andreson antecipa minuta de decisões e indica ter influência em gabinetes do STJ. Os diálogos foram obtidos após a apreensão do celular de Zampieri. O material foi compartilhado com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com a Polícia Federal.

Leia Também - MPF manifesta pela prisão do lobista Andreson Gonçalves, diz fonte

STJ Nota à imprensa ​

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informa que instaurou um segundo procedimento administrativo disciplinar nesta sexta-feira (25) e afastou cautelarmente mais um servidor citado nas investigações a respeito da atuação ilícita de agentes em gabinetes. Até o momento, não há qualquer indício de envolvimento de ministros. O prazo de conclusão do processo seguirá as regras do artigo 152 da Lei 8.112/90.  

Com essa medida, o tribunal expande as investigações que podem resultar em novos procedimentos internos. Os processos estão sendo complementados por dados compartilhados pela Polícia Federal e pela Corregedoria Nacional de Justiça. Ressalte-se que, no âmbito disciplinar, o procedimento seguirá as fases de instrução, defesa e relatório, garantindo-se, a um só tempo, os esclarecimentos necessários e a possibilidade do contraditório.  

O tribunal, respeitando seu compromisso com a ética e a transparência na relação com a sociedade, divulgará oportunamente a conclusão da apuração administrativa. 

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