Isabelly Oliveira Assunção, a madrasta acusada de causar a morte de sua enteada de três anos, responderá na Justiça por homicídio doloso qualificado. A criança morreu afogada dentro de uma máquina de lavar roupas em maio de 2022, na véspera do Dia das Mães, em Cascavel (PR). De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), a cena foi premeditada e motivada por ciúme.
Conforme o Ministério Público, Isabelly teria colocado um banco de plástico em frente à máquina, depositado brinquedos dentro do eletrodoméstico e incentivado a menina a brincar com os objetos na água. A madrasta teria deixado a criança sozinha na lavanderia por tempo suficiente para que o afogamento ocorresse.
Segundo a denúncia, Isabelly acreditava que a presença da menina prejudicava seu relacionamento com o pai da criança, especialmente pela proximidade dele com a mãe biológica.
“A denunciada previu e assumiu conscientemente o risco de ocasionar a morte da vítima”, destaca um trecho do documento obtido pela RPC Cascavel. O MP classificou o crime como homicídio doloso qualificado por motivo torpe, emprego de asfixia e violência doméstica e familiar.
O caso
Na tarde do dia 7 de maio de 2022, a menina, que estava sob os cuidados da madrasta enquanto o pai trabalhava, foi encontrada dentro de uma máquina de lavar roupas cheia de água. Isabelly teria acionado os vizinhos e os serviços de emergência, mas os socorristas do Samu e dos bombeiros não conseguiram reanimar a criança.
Defesa da madrasta
Os advogados de Isabelly, no entanto, afirmam que a morte foi um acidente e que não há indícios de premeditação. “Não tem dolo, não tem marcas, nada mencionando isso no processo. O mínimo que pode haver é culpa”, disse Paulo Hara Júnior, que atua na defesa da acusada.
A advogada Suelane Gundim argumentou ainda que casos semelhantes envolvendo mães biológicas são tratados de forma diferente. “Infelizmente, acidentes acontecem. Se fosse a mãe biológica, a abordagem seria outra.”
Defesa da mãe biológica
Já o advogado da mãe da vítima, Alexander Beilner, defende a tese de premeditação. Segundo ele, os elementos encontrados na cena — o banco, os brinquedos e a ausência de supervisão — indicam que a madrasta planejou a situação para que a morte ocorresse. “Ela preparou toda uma situação. Pelo histórico da família, a menina não era de brincar. Vários indícios levam a crer que tudo foi deliberado.”
Próximos passos
A Justiça aceitou a denúncia em 14 de janeiro, e a defesa de Isabelly tem dez dias para apresentar sua resposta. O juiz ainda decidirá se o caso será levado a júri popular como homicídio doloso com dolo eventual ou se haverá reclassificação do crime. (Fonte: G1)
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