Um erro no assistente de inteligência artificial (IA) da Meta no WhatsApp expôs o número particular de um usuário britânico, reacendendo discussões sobre privacidade e segurança digital.
O incidente ocorreu quando Barry Smethurst, funcionário de uma loja no Reino Unido, pediu ao chatbot o telefone da empresa ferroviária TransPennine Express. A resposta, porém, foi o número de James Gray, executivo do setor imobiliário, localizado a 270 quilômetros dali, em Oxfordshire.
Desconfiado, Smethurst questionou a IA, que primeiro admitiu o erro, depois tentou disfarçá-lo, classificando o número como “fictício”. Diante da insistência, acabou reconhecendo que a informação foi extraída por engano de um banco de dados.
Gray, dono do número, afirmou ao jornal The Guardian não ter recebido ligações, mas manifestou preocupação com a capacidade da IA de divulgar dados sensíveis. “Isso põe em dúvida a afirmação de que essa é a IA mais inteligente disponível”, criticou, citando declaração recente de Mark Zuckerberg.
O caso gerou reação de especialistas. Mike Stanhope, diretor da consultoria Carruthers and Jackson, destacou que falhas como essa são éticas, não apenas técnicas. Segundo ele, o público precisa ser informado sobre o risco de “pequenas mentiras” incorporadas nos sistemas de IA.
Procurada, a Meta reconheceu que sua IA ainda pode fornecer informações incorretas e reforçou que trabalha em melhorias. “O Meta AI é treinado com dados públicos e licenciados, não usa informações de contas do WhatsApp ou de conversas privadas”, afirmou a empresa.
A OpenAI, responsável pelo ChatGPT, também se manifestou. A empresa disse que aprimorar a precisão dos modelos é uma área de pesquisa constante e alertou que seus sistemas ainda podem errar. (Com informações do OGlobo)
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