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VGNE Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 08:02 - A | A

Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 08h:02 - A | A

fraturas e hemorragia

Autópsia confirma que Juliana morreu por trauma contundente após queda na Indonésia

A queda, ocorrida no sábado, 21, provocou múltiplas fraturas e hemorragia interna

Redação/VGN

Juliana Marins, alpinista brasileira que caiu durante escalada no Monte Rinjani, na Indonésia, morreu em decorrência de trauma contundente, segundo laudo da autópsia divulgado nesta sexta-feira (27.06). A queda, ocorrida no sábado, 21, provocou múltiplas fraturas e hemorragia interna.

O corpo de Juliana foi examinado no Hospital Bali Mandara, em Bali, após ser transferido de ambulância do Hospital Bhayangkara, na província de Nusa Tenggara Ocidental, onde fica o vulcão. A ausência de legistas na região motivou o transporte.

De acordo com o médico legista Ida Bagus Alit, Juliana apresentava escoriações, fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. “Essas fraturas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou. A causa da morte foi identificada como lesões graves na caixa torácica e nas costas.

O especialista estima que a morte tenha ocorrido cerca de 20 minutos após os ferimentos. Não foram encontrados sinais de hipotermia nem indicações de que a vítima tenha sobrevivido por muitas horas após a queda.

Juliana caiu em um desfiladeiro a caminho do cume do Rinjani, por volta das 6h30 de sábado. A área é conhecida pela dificuldade de acesso e clima instável. O corpo foi localizado somente na quarta-feira, 25, após dias de buscas dificultadas por condições adversas.

A operação de resgate, conduzida pela Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), foi alvo de críticas nas redes sociais. Internautas brasileiros cobraram explicações sobre a demora no socorro e questionaram a atuação da equipe.

A família de Juliana afirma que houve negligência. Em postagem, o perfil @resgatejulianamarins, que representa os parentes, informou que pretende acionar a Justiça. “Juliana merecia mais. Agora buscaremos justiça”, publicou a conta.

Autoridades locais alegam que o processo seguiu protocolos de segurança e que as dificuldades logísticas e climáticas atrasaram o resgate. Segundo o chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani, Yarman Wasur, cerca de 50 pessoas participaram da operação. “O terreno é extremo e o clima muda constantemente. Isso impediu uma ação mais rápida”, justificou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou apoio à família e ao traslado do corpo ao Brasil. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), informou que o município também arcaria com os custos.

Juliana Marins era uma alpinista experiente e sua morte gerou grande comoção no Brasil e na Indonésia. O caso reacendeu debates sobre segurança em trilhas remotas e a responsabilidade de operadoras turísticas e autoridades locais em regiões de alto risco.

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