Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, registrou em maio de 2025 um avanço nas vendas da safra 2024/25, com 76% da produção já comercializada, segundo o boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), publicado nessa segunda-feira (09.06).
O aumento de 5,47% em relação ao mês anterior reflete a necessidade dos agricultores de liberar espaço nos armazéns e garantir recursos financeiros. No entanto, os preços mais baixos, com a saca valendo em média R$ 110,64, limitaram um progresso ainda maior.
Para a safra 2025/26, as vendas antecipadas atingiram 14,15% da produção estimada, impulsionadas por uma alta de 1,79% no preço, que chegou a R$ 111,93 por saca. Apesar disso, o ritmo está mais lento que no ano passado, com 2,36% a menos de comercialização, devido a incertezas sobre o clima e o mercado na próxima temporada.
O Brasil exportou 14,1 milhões de toneladas de soja em maio, 4,93% a mais que no mesmo período de 2024. No acumulado do ano, o país alcançou um recorde de 51,53 milhões de toneladas, um crescimento de 2,67%, puxado pela forte demanda da China, que comprou 2,38 milhões de toneladas a mais. Em Mato Grosso, as exportações de maio somaram 4,95 milhões de toneladas, um salto de 17,36% em relação a 2024. Porém, no acumulado do ano, o estado exportou 16,96 milhões de toneladas, uma queda de 0,69%, já que países como Tailândia, Turquia e Bangladesh reduziram suas compras em 880 mil toneladas.
Preços oscilam com demanda externa e safra americana
O mercado internacional trouxe sinais mistos. A demanda por soja brasileira elevou o prêmio pago no porto de Santos em 62,9%, chegando a US$ 1 por bushel. No entanto, os preços da soja no mercado de Chicago caíram 1,1%, influenciados pelo bom desempenho da safra nos Estados Unidos. Em Mato Grosso, o preço da soja caiu 0,47% na última semana, fechando em R$ 108,42 por saca.
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