Em uma ação preventiva sem precedentes recentes, o governo de Minas Gerais descartou 450 toneladas de ovos férteis que haviam sido enviados por uma granja localizada na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada após a confirmação, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de um caso de gripe aviária de alta patogenicidade no local de origem do material.
Segundo o Canal Rural, o descarte ocorreu neste sábado (17), na região Centro-Oeste mineira, e foi coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com apoio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Segundo o governo de Romeu Zema, os ovos descartados eram destinados à produção de pintinhos e não ao consumo humano.
“Essa é uma medida preventiva, baseada em protocolos rigorosos de segurança sanitária. Nosso objetivo é proteger o plantel avícola mineiro e evitar qualquer possibilidade de propagação do vírus no estado”, destacou o governo em nota oficial.
Apesar do volume expressivo, o governo reforçou que a gripe aviária não é transmissível ao ser humano por meio do consumo de carne ou ovos, sendo perigosa apenas para as aves, com alto índice de mortalidade.
A medida faz parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), criado em 2022 e firmado entre a União, estados e o setor produtivo, quando o primeiro foco da doença surgiu na América do Sul. O plano prevê rastreamento, contenção e descarte de materiais que possam representar risco de disseminação do vírus.
O Mapa informou que todos os ovos para incubação oriundos da granja afetada foram rastreados, garantindo o controle da cadeia produtiva. Minas Gerais, que possui um dos maiores polos avícolas do país, tenta evitar que o vírus afete sua produção e gere impactos econômicos. (Fonte: Canal Rural)
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