A partir de 01 de agosto, a nova mistura obrigatória de etanol à gasolina (de 27% para 30%), o E30 entrará em vigor. A medida foi aprovada durante a 2ª reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), pelo Ministério de Minas e Energia (MME) nessa quarta-feira (25.06).
A política é fundamentada no projeto “Combustível do Futuro”, cujo relator foi o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Na ocasião, também foi oficializada a elevação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, que passou de 14% para 15% (B15).
Seguindo a programação, o MME apresentou os resultados dos estudos técnicos conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia, que avaliaram a viabilidade da nova mistura. Os testes confirmaram que a adição de 30% de etanol anidro à gasolina é segura para veículos leves e motocicletas, sem prejuízo ao desempenho ou às emissões.
De acordo com Guilherme Nolasco, presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), o setor já assegura uma oferta regular superior a 800 milhões de litros por mês, garantindo o abastecimento mesmo durante a entressafra da cana-de-açúcar. Para o ciclo 2025/26, a expectativa é de crescimento superior a 20%, com produção anual estimada em 10 bilhões de litros. Em menos de uma década, o setor pode ultrapassar a marca de 20 bilhões de litros por ano.
Conforme a Unem os benefícios diretos ao consumidor final, pode ser notado através do aumento da octanagem da gasolina, a melhora no desempenho dos motores e a redução da poluição urbana.
O E30 marca um avanço significativo na trajetória da transição energética nacional. Com isso, o país passa a ter a maior proporção de biocombustível adicionada à matriz fóssil, servindo de referência ao resto do mundo.
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