Brasil e Argentina estreitaram os laços na cadeia produtiva de azeites e azeitonas de mesa durante missão técnica bilateral, realizada entre os dias 26 e 29 de maio. A jornada teve foco na harmonização de normas, integração de mercados e desenvolvimento de projetos conjuntos.
As delegações visitaram propriedades, indústrias e laboratórios nas províncias argentinas de Mendoza, La Rioja e San Juan. O objetivo foi conhecer práticas de rastreabilidade, qualidade e certificação de origem, essenciais para facilitar o comércio entre os países.
A comitiva brasileira foi liderada pelo secretário-executivo adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Cleber Soares. Também integraram o grupo a adida agrícola em Buenos Aires, Andrea Parrilla; a coordenadora-geral de Qualidade Vegetal, Helena Pan Rugeri; a coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Ludmilla Verona Carvalho Gonçalves; e os auditores fiscais João Marcelo Vieira Alves e Marcos Vinícius de Souza.
Durante a missão, foram discutidas parcerias entre laboratórios dos dois países para padronizar testes sensoriais e aumentar a confiabilidade dos laudos. A medida visa facilitar o reconhecimento mútuo das análises e dar mais segurança ao comércio bilateral.
Outro ponto relevante foi o avanço no Memorando de Entendimento entre o Brasil e a província de Mendoza, que abrange áreas como agroindústria, mineração e infraestrutura. O acordo inclui o projeto Potássio Rio Colorado, voltado ao fornecimento de fertilizantes ao mercado brasileiro.
A agenda ainda contemplou discussões sobre a entrada do Brasil no Conselho Oleícola Internacional (COI), entidade que estabelece padrões para o setor e da qual Argentina e Uruguai já fazem parte.
Em Buenos Aires, Cleber Soares se reuniu com o secretário argentino de Agricultura, Sérgio Iraeta. Além dos resultados da missão, trataram do reconhecimento por parte da Argentina de zonas livres de doenças como Influenza Aviária e Doença de Newcastle no Brasil.
A missão técnica ocorreu em um momento positivo para o azeite brasileiro. Em 2024, o país exportou US$ 1,4 milhão, tendo a Itália como principal destino, e recebeu 328 prêmios internacionais, o que colocou o Brasil entre os cinco maiores do mundo na produção de azeite extravirgem.
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