O laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC) sobre o acidente que matou o cantor Cristiano Araújo e a namorada dele, Allana Morais, deve ser finalizado em 15 dias. O delegado responsável pelo caso, Fabiano Jacomelis, depende do documento, que é considerado essencial para a investigação, para concluir o inquérito policial.
"São laudos complexos, onde são feitas análises dos pneus, das rodas e do local [do acidente]. A gente acredita que em mais uma ou duas semanas seja feita a conclusão dele", revela. Um relatório feito pela Land Rover, fabricante do veículo, constatou que o automóvel estava a 179 km/h quando capotou.
O acidente aconteceu na madrugada do dia 24 de junho, na BR-153, quando o sertanejo voltava de um show em Itumbiara, no sul de Goiás. Além de Cristiano e da namorada, estavam no carro o motorista, Ronaldo MIranda, e o produtor Victor Leonardo. Eles sofreram ferimentos, foram hospitalizados, mas receberam alta médica dias depois.
Investigação
Segundo o delegado, o dado do relatório da Land Rover ficou registrado na "caixa preta" do veículo cinco segundos antes do acionamento dos airbags do carro. As informações foram retiradas do módulo e enviadas para a Inglaterra, onde foram analisadas.
"Esse número corrobora com os depoimentos das testemunhas ouvidas no inquérito, inclusive a do próprio motorista, que assumiu estar acima da velocidade permitida", afirmou o delegado.
O condutor afirmou ainda que perdeu o controle do carro depois que um dos pneus estourou. Segundo Jacomelis, Ronaldo foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo.
Um dia antes da divulgação do relatório, o motorista havia postado fotos dele com Cristiano em uma rede social. Na legenda, ele lamentou novamente a perda do artista: "Como me faz falta".
Se confirmado o excesso de velocidade, o motorista pode ser indiciado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Se condenado, a pena varia de 2 a 4 anos.
O advogado de Ronaldo, Djalma Pereira Rezende, disse ao G1 que não vai se pronunciar no momento, pois ainda não teve acesso ao relatório técnico da fabricante do veículo.
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