O clima esquentou na sessão dessa terça-feira (13.05) na Câmara de Várzea Grande! O presidente da Casa, Wanderley Cerqueira (MDB), não poupou palavras e deu uma enquadrada pública no vereador Caio Cordeiro (PL) — do mesmo partido da prefeita Flávia Moretti — ao cobrar mais empenho do Executivo na valorização dos professores. Irritado com a ausência de projeto na pauta, Wanderley foi direto.
“Pela incompetência do Executivo, tá? Pela incompetência do Executivo não tá na pauta, tá? Mas nós vamos pedir — um vereador líder da Prefeitura vai pedir a dispensa de pauta — e esse projeto vai ser aprovado. E é graças a esta Casa aqui, vereador, graças a esta Casa aqui, que os 6% vão retroagir de janeiro pra cá. Então esta Casa aqui tem feito justiça, tá, vereador?”
Recado dado — e com endereço certo.
Mas não parou por aí. Caio Cordeiro ainda protagonizou uma saia justa ao fazer uma ‘gracinha’ com o nome da Escola Estadual Jaime Veríssimo de Campos Júnior, que homenageia o filho falecido do senador Jayme Campos. Durante seu discurso, o vereador soltou:
“Eu fui criado em escola pública, Escola Irene Godoy de Campos Silva, e estudei na escola Jaime Veríssimo de Campos Júnior, Jaime. Apesar do nome, era uma escola muito boa.”
A fala foi interpretada como desrespeitosa e de extremo mau gosto. Em tom jocoso, o comentário soou como uma indireta velada e pegou mal nos corredores — dada a carga emocional e simbólica do nome da unidade escolar.
Atualizada às 14h02 - Em nota, o vereador reconheceu que errou e pediu desculpas ao senador Jaime Campos, à ex-prefeita Lucimar Campos.
Confira nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO E DESCULPAS
Durante a sessão da Câmara Municipal de Várzea Grande, realizei uma fala infeliz ao mencionar a Escola Estadual Jaime Veríssimo de Campos Júnior – conhecida como “Jaiminho”. O nome da escola é, de fato, uma justa homenagem ao filho do senador Jaime Campos e da ex-prefeita Lucimar Campos, que infelizmente já é falecido.
Quero reconhecer publicamente que errei. Ao trazer esse tema durante um debate político, acabei, de forma imprópria, envolvendo a memória de alguém que não está mais entre nós. Apesar de nossas divergências políticas, jamais foi minha intenção ferir a honra ou a dor da família Campos.
Peço sinceras desculpas ao senador Jaime Campos, à ex-prefeita Lucimar Campos, a toda a família e a todos que se sentiram ofendidos. Estou prestes a me tornar pai, e sei o quanto é doloroso imaginar um filho sendo citado fora do contexto de respeito que merece. Minha fala não representa meus valores nem aquilo que acredito para a política.
As divergências políticas são legítimas, mas nunca devem ultrapassar os limites do respeito humano e da empatia.
Erramos para acertar, e acertamos errando.
Reafirmo meu compromisso com um mandato baseado na ética, na humildade para reconhecer falhas e no respeito às pessoas.
— Caio Cordeiro
Vereador de Várzea Grande
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