O vereador Wanderley Cerqueira (PSD) requereu na sessão da última quarta-feira (02.10), a instalação de uma Comissão para investigar números de mortes ocorridas nos últimos meses no Pronto-Socorro de Várzea Grande - e as más condições de trabalhos apontadas pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM/MT).
De acordo com o parlamentar, o relatório apontou que a unidade está funcionando de forma precária, com falta de leitos e UTIs. Cerqueira lembrou em seu discurso, a tão propagada parceria partidária entre o Executivo municipal e o governo do Estado, em época de eleição, onde se vendeu melhorias em todos os setores, caso Walace Guimarães fosse eleito.
“O governo do Estado gasta milhões em Copa do Mundo, e deixa quatro leitos de UTI fechada no Pronto-Socorro de VG. O prefeito é do PMDB o governador é do PMDB, então está tudo em casa”, criticou Wanderley Cerqueira.
O parlamentar também destacou que o município está sem contrato para o atendimento oftalmológico, e muitos precisam pagar, mas nem todos possuem condições. Wanderley criticou também a quantidade de óbitos, onde de 550 internações, destes 50 a 80 pacientes estão morrendo no PSMVG.
“Não podemos ficar quietos com esta situação, eu prefiro rasgar meu diploma de vereador e ir embora pra casa”, declarou Wanderley que pediu em requerimento, uma investigação para saber a quantidade de óbitos e suas causas, desde 2012.
Em aparte ao às críticas de Cerqueira, a vereadora Sumaia Leite (PRB), servidora efetiva do Pronto-Socorro, disse que o relatório do CRM não é nenhuma novidade.
“Imploramos por várias vezes que o Hospital metropolitano de Várzea Grande, não atendesse de portas fechadas, porque o maior problema da saúde pública de Mato Grosso é a falta de leitos nas unidades de Saúde. Pedimos por várias vezes que o Metropolitano não fosse terceirizado”, reclamou Sumaia.
Ainda segundo a parlamentar, nenhum gestor se preocupou em criar novos leitos para os Hospitais na capital ou Várzea Grande, se caso ocorrer algum incidente na Copa de 2014, nem somando os leitos dos hospitais particulares haverá vagas suficientes para atender qualquer problema de saúde pública.
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