O vereador por Cuiabá, Dilemário Alencar (PTB) acusou nesta quinta-feira (22.08), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, que o presidente do Legislativo, vereador João Emanuel (PSD) aprovou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos maquinários devido a desavença pessoal com o prefeito Mauro Mendes (PSB).
“O presidente desta Casa está partindo para o lado pessoal e político e por isso aprovou esta CPI. Não tinha o porquê de instaurar esta CPI”, disparou Dilemário, bem exaltado.
João Emanuel pediu para o operador de áudio cortar o microfone do vereador petebista, que mesmo assim continuou acusando o social-democrata de perseguir e tratar o assunto dos maquinários, como pessoal. Na intenção de parar o ataque de Dilmário, o presidente ameaçou retirar o colega do parlamento e os ânimos se alteraram ainda mais.
“Vem aqui, vem aqui me tirar. Tente me tirar do plenário”, desafiou o petebista, que teve que ser contido pelos demais vereadores. Após o episódio a sessão foi encerrada.
Discussão sobre a CPI dos Maquinários - O desentendimento entre Dilemário e João Emanuel iniciou após o líder do prefeito, vereador Leonardo Oliveira (PTB), declarar na tribuna da Casa de Leis, que não haveria necessidade de instaurar a CPI dos Maquinários, pelo fato que o Ministério Público Estadual (MPE) já tinha concluído as investigações do processo licitatório para a contratação de maquinários, no valor de R$ 9,5 milhões feita pela Prefeitura de Cuiabá, no qual declarou que não houve nenhuma irregularidade.
Ele reclamou ainda, da forma em que a CPI foi formada. “Todos que fazem parte desta CPI são de partidos de oposição ao Governo, não sendo assim montada de forma justa, mais de forma política. Nenhum dos líderes de partido indicou os nomes para formar a CPI, o qual foi escolhido sem nenhum critério”, disse Leonardo.
O líder do prefeito disse ainda, que irá entrar com mandado de segurança para tentar impedir a CPI e também no procedimento para a formação dos membros dela.
Já Dilemário, disparou dizendo que a formação da CPI pela Câmara Municipal, estaria desmerecendo o trabalho do MPE, que é de investigador e que não encontrou irregularidades no processo licitatório, como também, servindo de palanque político para alguns vereadores que pretendem concorrer às eleições do ano que vem.
“Foi um erro a instauração desta CPI, porque assim vamos dizer que o Ministério Público não é o fiscalizador do Poder Executivo. Não podemos transformar esta Casa em palanque político para o pleito do ano que vem, e é isso que está acontecendo neste caso. A Câmara está se transformando em palanque eleitoral”, disse Dilemário.
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