O governador Pedro Taques (PSDB), em entrevista à "Revista Istoé", voltou a afirmar que não existiu “caixa dois” em campanha eleitoral nas eleições de 2014, e que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) citou seu nome em delação para se "vingar".
Em sua delação, Silval citou que “ouviu falar” que a empresa JBS/Friboi teria efetuado doação de dinheiro para "caixa dois" de campanha de Pedro Taques nas eleições de 2014.
No entanto, Taques negou as acusações e disse que apesar do ex-gestor ter “roubado quase R$ 1 bilhão”, Barbosa se comprometeu a devolver apenas R$ 76 milhões, sendo uma “fazenda no meio do mato e um avião velho”.
“A delação ou colaboração é o melhor instrumento para acabar com a corrupção. Eu defendo a delação, a colaboração premiada. No entanto, a delação não pode ser instrumento de vingança, de vingança de adversários políticos. Eu nunca recebi dinheiro de caixa dois da JBS ou de quem quer que seja. O ex-governador de Mato Grosso, que é meu adversário, meu inimigo, na sua delação ele disse que ouviu dizer que eu teria recebido caixa dois da JBS. Este cidadão que roubo do Estado de Mato Grosso quase R$ 1 bilhão, agora faz um acordo vai pagar R$ 76 milhões, uma fazenda no meio do mato, um avião velho, indo ficar na sua cobertura. Joga para cima de todos”, declarou o gestor.
Em relação ao seu nome ter sido veiculado por Silval ao suposto esquema de corrupção, o tucano afirmou que não está “interferindo” na sua forma de “gerir o Estado”.
“De nenhuma forma. O meu nome não está envolvido nas delações. Eu apenas fui citado pelo ex-governador Silval Barbosa, dizendo que ele ouviu dizer isso, mas todos sabem que sou inimigo político dele. Inimigo político que me orgulho”, disse.
Taques falou em retomadas das obras do VLT, apesar da denúncia do ex-governador Silval Barbosa de que existiu pagamentos de propinas por parte de empreiteiras ligadas a execução da obra. “É uma obra que nós precisamos terminar. Obra parada dá prejuízo ao cidadão”.
Além disso, o governador revelou que pretende disputar a reeleição em 2018. “A eleição é no ano que vem, e eu quero ser candidato a ser um bom governador para o Estado de Mato Grosso. Desde o Senado eu combati essa organização criminosa que se a dono do Estado de Mato Grosso. Como governador eu determinei auditoria e todos os contratos e nos incentivos fiscais. Daí a razão de eu não ser bem vistos”
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