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Política Segunda-feira, 17 de Julho de 2017, 14:17 - A | A

Segunda-feira, 17 de Julho de 2017, 14h:17 - A | A

Depoimento

Silval afirma que recebeu cerca de R$ 7,2 milhões da Consignum em propina

Lucione Nazareth/VG Notícias

VG Notícias

Silval Barbosa depoimento

 

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) presta neste momento (às 14h15min) reinterrogatório à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, sobre a cobrança de propina de empresas que mantinham contratos com o governo do Estado. O depoimento faz parte da ação penal originária da 2ª fase da “Operação Sodoma”.

Silval chegou a ser preso em setembro de 2015 por ser apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como o chefe da suposta organização criminosa que desviou milhões dos cofres públicos do governo no período em que ele (Silval) comandou o Estado, entre 2010 a 2014. No entanto, após ficar 21 meses recluso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), o peemedebista foi solto e passou a cumprir prisão domiciliar desde 13 de junho deste ano. Ele foi solto após decidir confessar as acusações dos crimes de corrupção e garantir a devolução de R$ 48 milhões entre bens, como fazendas, imóveis urbanos e um avião.

Atualizada às 14h35min - No início do depoimento, o ex-governador afirma que irá detalhar todos os esquemas fraudulentos que ele participou durante o período que comandou o Estado. "No caso da Consignum ocorreu a cobrança de propina, e foi para dívidas de campanha", declarou Silval.

Segundo ele, o ex-secretário César Zilio intermediou o pagamento de até R$ 400 milhões de propina junto a Consignum para manter o contrato com o Estado. "R$ 240 mil mensal eu recebia propina relacionado ao contrato dessa empresa", destacou.

O peemedebista disse que pediu em 2013 para o então secretário adjunto de Administração, Pedro Elias, que ele cobrasse R$ 900 mil da Consignum, e que acertasse a manutenção do pagamento de propina em 2014. Segundo ele, a empresa pagou R$ 600 mil e que desse valor R$ 100 mil ficou com Pedro Elias.

O ex-governador afirma que nunca pressionou nenhum secretário para cobrar propina assim como empresários. "Eles pagam propina só quando obtém vantagens. Ninguém era pressionado. Os empresários pagavam propina com maior prazer porque recebiam vantagens também", disse o peemedebista.

Atualizada às 14h46min - Silval declara que foi o ex-deputado José Riva quem negociou a entrada da empresa Zeta para administrar empréstimos consignados aos servidores públicos estaduais, mas que o empresário William Mischur, dono da Consignum, barrou o processo. "O William me procurou para que eu mantesse o contrato da empresa dele com o Estado".

Ele revela que o proprietário da Consignum afirmou que já tinha um acerto com o grupo político de Paulo Taques - o qual tinha como candidato Pedro Taques nas eleições de 2014 - para continuar com o contrato junto ao governo do Estado a partir de 2015.

Silval declarou que Riva quem acertou a renovação do contrato da Consignum, na ordem de R$ 2 milhões, que segundo ele, foi feito para que o William Mischur ajudasse o ex-deputado em sua campanha eleitoral para governador nas eleições de 2014.

Atualizada às 14h52min - O ex-governador disse que o seu ex-chefe de gabinete, Silvio César Correa, participou apenas em uma única vez para pegar a propina e levar até ele.

Barbosa garante que os homens de confiança dele junto ao governo do Estado foi o ex-secretário César Zilio e Pedro Nadaf (ex-secretário Chefe da Casa Civil).

Atualizada às 15h00min - Silval começa a falar sobre o caso Walace Guimarães. Ele relata que em 2012 o ex-prefeito procurou ele para que o mesmo autorizasse que a Secretaria de Estado de Administração realizar adesão de licitação com gráficas de seu conhecimento para ajudar na sua campanha eleitoral para prefeito de Várzea Grande.

Conforme ele, Walace teria falado que já tinha acertado o pagamento de R$ 1 milhão ao César Zilio, para a realização do esquema. Barbosa negou conhecer os empresários Antônio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes. "Eu tratei disso somente com César Zilio e com Walace. Eu sei que o César ficou com R$ 1 milhão. O Walace e Zilio me disseram que ficou R$ 1 milhão, mas não me recordo do dinheiro".

Sobre contratos com a empresa Hebitech, o peemedebista disse que seu filho Rodrigo Barbosa recebeu dinheiro de propina, e que foi o ex-secretário Pedro Elias que intermediou a negociação fraudulenta. "Eu fiquei sabendo do caso só depois que saí do governo. O meu filho me contou que recebeu dinheiro do Pedro Elias relacionado ao pagamento de propina por parte da empresa".

Barbosa afirmou no depoimento que ficou sabendo da compra de terreno na avenida Beira Rio por parte de César Zilio somente depois que deixou o governo do Estado.

"Da Consignum era uma organização criminosa e eu liderei. Mas, em outros casos de corrupção não foram liderados por mim", garantiu Silval, exemplificando o caso Hebitech que segundo ele foi liderado por César Zilio.

Sobre a função de Pedro Nadaf na organização criminosa, Silval disse: "Ele era o braço direito e esquerdo do governo na arrecadação da propina", relatou.

O peemedebista declarou que César Zilio deixava o dinheiro de propina em uma sala do lado de gabinete, e que prática de caixa de dois de campanha é normal em campanhas políticas principalmente em campanhas para cargos na majoritárias, como para governador.

Atualizada às 15h56min - Silval revela que recebeu cerca de R$ 7,2 milhões de propina relacionado ao contrato da Consignum com o governo do Estado, em 30 pagamentos na ordem de R$ 240 mil.

Barbosa afirma que jamais ameaçou qualquer secretário ou empresário relacionados aos pagamentos ou cobrança de propinas. "Isso nunca ocorreu e se existiu não é do meu conhecimento".

Silval revela que parte do valor recebido em propina ele agregou ao seu patrimônio, porém, não revelou o valor.

Mais informações em instantes.

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