A senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (04.06) que não é contra o Bolsa Família, mas defende que o programa social permita que beneficiários possam trabalhar de carteira assinada sem perder o auxílio.
Na avaliação da senadora, ao dar a oportunidade de que pessoas que recebem o auxílio trabalhem de carteira assinada, a renda aumentaria e também teria a contribuição na Previdência.
“Não critiquei o Bolsa Família. Falei que o Programa deveria existir e dar a possibilidade de a pessoa trabalhar de carteira assinada. Assim, você consegue gerar mais renda para esse trabalhador e ele vai contribuir com a Previdência”, afirmou.
Qual é a dificuldade de dar o Bolsa Família e deixar a pessoa trabalhar com carteira assinada?
Para Buzetti, o modelo do programa atual desestimula o registro formal de trabalhadores e cria a cultura da informalidade.
“Você dá o Bolsa Família, 600 ou 700 reais, mas essa pessoa não pode trabalhar com carteira assinada porque perde o auxílio (...) As pessoas vão pedir emprego, mas não querem ser registradas por causa disso”.
Margareth explicou que considera essencial a existência de programa sociais, mas que eles precisam ser reajustados. “Eu acho que tem que existir o programa social, é necessário. Muitas famílias estão em vulnerabilidade. Mas qual é a dificuldade de dar o Bolsa Família e deixar a pessoa trabalhar com carteira assinada?”, questionou.
A senadora também criticou os limites de renda impostos pelo governo. “Põe uma faixa, até tanto salário, mas isso é ilusão. Ninguém recebe só meio salário hoje. A pessoa fazendo bico recebe muito mais. Mas não é certo. Ela poderia contribuir com a Previdência, poderia gerar mais renda para ela e para todo mundo”.
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