Em entrevista à Época, a senadora, juíza aposentada Selma Arruda (Podemos), afirmou que foi alvo da “seita” do bolsonarismo, que “engole sem mastigar”. Ela considera sua atual sigla, o Podemos mais organizada que o PSL, partido por qual foi eleita senadora.
Questionada se teme o filho de Bolsonaro, Selma disse que não teme e que não é menos senadora do que Flávio Bolsonaro - e quer um pedido de desculpas do senador, que teria gritado com ela, ordenando que retirasse sua assinatura do requerimento de instalação da CPI da Lava Toga.
Indagada se teria recebido alguma ligação do presidente Bolsonaro, a senadora disse que não e nem do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. A senadora disse que o Governo Bolsonaro precisa de mais diálogo e menos truculência e avalia que são necessários ajustes.
Quanto a ter virado alvo de ataques de bolsonaristas nas redes sociais, ela disse que tem uma ala do bolsonarismo que, se você não for um robô que concorde com tudo é como se fosse uma seita e questiona: “Agora, quero ver o que vão dizer do presidente quando o presidente também mudar de partido”?
Sobre a importância da CPI da Lava Toga, a senadora disse que até pouco tempo, as pessoas iam às ruas protestar pela CPI da Lava Toga, pelo Sérgio Moro, pelo fim da corrupção, fim do foro privilegiado. Mas não sabe o que aconteceu, que em pouco tempo espalharam uma fake news, por robô ou “sei lá o quê”, de que a CPI da Lava Toga teria sido bolada por uma esquerda golpista que queria desestabilizar o Brasil.
Ela classificou como absurdo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre criticar a CPI da Lava Toga, dizendo que ela traria instabilidade. “É um absurdo. Não me representa. Não vejo nenhuma relação de uma coisa com a outra. Não adianta querer limpar sua casa e deixar um quartinho sujo. Gilmar Mendes disse que, se houver CPI, o STF a engavetará. Isso é o que nós vamos ver!”
Questionada se quando era juíza, soube de algum caso corrupção na Justiça, disse que preferia não se manifestar.
Quanto a ter mede de ser cassada pelo TSE Selma disse que não tem, mas espera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), faça um julgamento técnico, e diz confira no TSE. “Agora, se isso acontecer, se considerarem caixa dois, volto tranquila para casa. Já concluí minha carreira, sou absolutamente satisfeita profissionalmente”.
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